terça-feira, 26 de setembro de 2017

MOTIVOS

Nesta coluna, Menalton Braff revela os caminhos trilhados em direção a cada um de seus livros.

Na força de mulher


Durante alguns anos vim escrevendo narrativas curtas e pequenas histórias pela vida ou criadas pela imaginação. Tinha algumas noções sobre o conto principalmente pela observação direta, pois me agradava a leitura de contos. E os contos que mais consumia eram de autores estrangeiros, como Cortázar, Guy de Maupassant, Tchekov e outros.

Não tinha um plano de produção tampouco pensava em publicar os contos que ia produzindo. Nestes anos, das décadas de 1960 e 1970, passei alguns deles de “molho” por questões políticas e o que mais me sobrava era tempo para ler e estudar. Em meados dos anos 1970, percebi que já possuía um volume razoável de contos escritos e resolvi publicar os que considerei melhores por minha conta e risco. Já lia então o Guimarães Rosa e essa leitura transparece no título e no conto do mesmo nome. A paixão pela escritura do Guimarães Rosa me induziu à leitura de textos teóricos e ensaísticos, pois percebi a fragilidade do que até então havia feito.

Mesmo assim, publiquei por minha conta Na força de mulher, em 1984, pela Seiva Difusão Cultural, tentativa frustrada de iniciar uma editora. Não tínhamos nada além da vontade, minha mulher e eu, e paramos depois de quatro livros, dois meus, um do Caio Porfírio Carneiro e outro da Ruth do Carmo.  

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