quinta-feira, 19 de abril de 2018

INÉDITO

Nesta coluna, Menalton discorre sobre cada um de seus livros inéditos.
Neblina

Neblina foi produzido como resultado de uma diversidade muito grande de ideias, lembranças, e seu início, se não me engano, não teve uma motivação muito clara.

A ideia que já me vinha de longe tentando transformar-se em alguma coisa como narrativa literária era a ideia de um retorno em que tudo parecia menor. Alguém sai de um ambiente tacanho, vê o mundo lá fora e, na volta, tem a impressão de que tudo diminuiu em seu antigo habitat. Mas não só, tudo parece coberto de bruma, tudo está obscuro.

Depois desta ideia geratriz, me pareceu que narrar a luta do herói para transformar seu antigo ambiente vai ser uma luta sem sucesso por causa do conservadorismo meio que suicida de pequenas comunidades. A falta de ligação com o mundo, com seu dinamismo, é provavelmente a causa desse conservadorismo.

Então pensei a estrutura do romance dividida em duas partes. A primeira é a chegada ao ambiente em que estivera ausente, quando se transforma uma espécie de herói; então uma segunda parte, o herói tentando mudar as coisas e encontrando a muralha do pensamento conservador que predomina na comunidade, resultando por fim em sua saída, totalmente vencido.

Progresso x estagnação talvez seja o tema principal do romance. Não sei, como acontece com mais de uma dezena de originais que mantenho em arquivos, se um dia será publicado.

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