Há dois dias postamos aqui um desafio aos leitores:
Escolha o conto que você mais gosta no livro "Amor passageiro" e escreva algo sobre ele. Pode ser um comentário, uma resenha ou um texto literário".
Ontem recebemos a primeira manifestação de Ernane Catroli do Carmo. Aguardamos a sua!
UM CASO DE PAIXÃO
Mas também já merecendo perdão. Esta palavra. Aqui, com um desejo que se impõe – e me exige –
também, o de absolvição. Absolvição à personagem do conto. Aos personagens: melhor. Que o corpo. O corpo nos faz tresvariar da nossa rota. Carregar um corpo. O corpo a nossa danação e, se maravilhado no caldo grosso da paixão; a cegueira. Cegueira enquanto dura a paixão. E não esquecer o desespero. Recorrente o desespero. As vezes corre pelas bordas. Mudo. Que propício aos planos. Maquinações. E que ninguém ouse. Que o corpo, nossa miséria e agonia imiscuídos no indizível prazer. E o desejo. Velho o desejo. Que não acaba. Lembrei agora (cito sem conferir ) da fala de uma personagem num conto de Clarice Lispector em “A Via Crucis do Corpo”. Perfeito a expressão. O mote. Por isso lhe escrevo agora, Menalton, pós leitura deste seu conto ( Um caso de Paixão ) que preencheu todo o meu dia. E permaneceu.
(...) Pois de tudo isso eu sei, mas quem manda em mim é meu corpo (...)
( in: Um caso de Paixão).
Escolha o conto que você mais gosta no livro "Amor passageiro" e escreva algo sobre ele. Pode ser um comentário, uma resenha ou um texto literário".
Ontem recebemos a primeira manifestação de Ernane Catroli do Carmo. Aguardamos a sua!
UM CASO DE PAIXÃO
Mas também já merecendo perdão. Esta palavra. Aqui, com um desejo que se impõe – e me exige –
também, o de absolvição. Absolvição à personagem do conto. Aos personagens: melhor. Que o corpo. O corpo nos faz tresvariar da nossa rota. Carregar um corpo. O corpo a nossa danação e, se maravilhado no caldo grosso da paixão; a cegueira. Cegueira enquanto dura a paixão. E não esquecer o desespero. Recorrente o desespero. As vezes corre pelas bordas. Mudo. Que propício aos planos. Maquinações. E que ninguém ouse. Que o corpo, nossa miséria e agonia imiscuídos no indizível prazer. E o desejo. Velho o desejo. Que não acaba. Lembrei agora (cito sem conferir ) da fala de uma personagem num conto de Clarice Lispector em “A Via Crucis do Corpo”. Perfeito a expressão. O mote. Por isso lhe escrevo agora, Menalton, pós leitura deste seu conto ( Um caso de Paixão ) que preencheu todo o meu dia. E permaneceu.
(...) Pois de tudo isso eu sei, mas quem manda em mim é meu corpo (...)
( in: Um caso de Paixão).
Excelente,Ernane!
ResponderExcluirMuito grato!
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