quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

UM CASO DE PAIXÃO

Há dois dias postamos aqui um desafio aos leitores:

Escolha o conto que você mais gosta no livro "Amor passageiro" e escreva algo sobre ele. Pode ser um comentário, uma resenha ou um texto literário".

Ontem recebemos a primeira manifestação de Ernane Catroli do Carmo. Aguardamos a sua!

UM CASO DE PAIXÃO

Mas também já merecendo perdão. Esta palavra. Aqui, com um desejo que se impõe –  e me exige –
também, o de absolvição. Absolvição à personagem do conto. Aos personagens: melhor. Que o corpo. O corpo nos faz tresvariar da nossa rota. Carregar um corpo. O corpo a nossa danação e, se maravilhado no caldo grosso da paixão; a cegueira. Cegueira enquanto dura a paixão. E não esquecer o desespero. Recorrente o desespero. As vezes corre pelas bordas. Mudo. Que propício aos planos. Maquinações. E que ninguém ouse. Que o corpo, nossa miséria e agonia imiscuídos no indizível prazer. E o desejo. Velho o desejo. Que não acaba. Lembrei agora (cito sem conferir ) da fala de uma personagem num conto de Clarice Lispector em “A Via Crucis do Corpo”. Perfeito a expressão. O mote. Por isso lhe escrevo agora, Menalton, pós leitura deste seu conto ( Um caso de Paixão ) que preencheu todo o meu dia. E permaneceu.

(...) Pois de tudo isso eu sei, mas quem manda em mim é meu corpo (...)
( in: Um caso de Paixão).

2 comentários:

http://twitter.com/Menalton_Braff
http://menalton.com.br
http://www.facebook.com/menalton.braff
http://www.facebook.com/menalton.braff.escritor
http://www.facebook.com/menalton.para.crianças