O livro reúne 24 contos escritos ao longo de algumas décadas e apresenta uma grande diversidade de temas, estilos e formas de expressão. Alguns são realistas, outros contêm traços do absurdo e há também os que fazem incursões pelo fantástico. No campo temático, Menalton é ainda mais diverso, passando por questões como a solidão, as relações familiares, o amor, os descaminhos, o olho da morte, a sátira de costumes e a incomunicação.
A seguir, postamos a orelha e o link do evento do Facebook para você confirmar sua presença.
Impossível não se apaixonar, à primeira leitura, por este
novo volume de contos de Menalton Braff. O autor se vale da maturação de sua
escrita à semelhança dos vinhos armazenados em tonéis de carvalho, já que o
tempo confere às narrativas (tanto as mais breves, como as mais longas) sabores
e aromas refinados. Trata-se de boa literatura. E a obra de arte desse porte
endereça-se ao leitor sensível, aquele que busca na prosa ficcional um caminho
para a humanização. A ficção que humaniza suscita no leitor o apreço pela dor
do outro, seu semelhante. Nesse sentido, os temas
valorizados por Braff
contemplam, sobretudo, as perdas irreparáveis, as conturbadas relações
familiares, os infortúnios do cotidiano, os desencontros, a solidão, “o
insuportável mau cheiro da memória”, nas palavras de Carlos Drummond de
Andrade. Assim, com delicadeza e raros momentos de humor, o autor cria
verdadeiras peças poéticas, repletas de cromatismo e figuras sensoriais, numa
linguagem que se reinventa a cada parágrafo, no qual o leitor mergulha e do
qual sai prenhe de poesia e espanto. Claro, literatura é a arte da construção
do discurso: plano da expressão e plano do conteúdo harmonicamente
interligados. Tchecov, mestre do conto universal, afirmava que, se no início de
uma narrativa, houvesse uma espingarda pendurada na parede, no final deveria
haver um disparo. Imagem cara a Braff, que trança os fios de suas histórias de
modo que nada sobre e nada falte. Desse modo, a unidade dramática preserva-se,
já que o conto, modernamente, constitui o gênero da concisão, da cena, do
flagrante cotidiano, da fatia de vida que merece ser revelada. Apaixone-se o
leitor por esse Amor passageiro e terá a sensação, ao encerrar o livro, de que
as narrativas de Menalton Braff não vão abandoná-lo tão cedo.
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