domingo, 6 de agosto de 2017

ORELHA


Esta coluna reúne apresentações de livros elaboradas por Menalton Braff. O título de hoje é Tempo de chuva, de Carlos Almeida.

Com graça e humor

As histórias de Tempo de chuva, de Carlos Augusto de Almeida, são basicamente de dois tipos. A primeira, que dá título ao livro, narrada em primeira pessoa, tem no seu lirismo os ingredientes da nostalgia de um tempo que não volta. A visão que o menino tem de seu avô. A última, com que o livro se encerra, é uma das poucas histórias de “cidade grande”, e vem repassada de poesia: o velho que não quer perder o menino que foi.

As demais, quase em sua totalidade, são verdadeiros causos de cidade pequena, tendendo para a anedota, não só por seu humor como também pela estrutura. São histórias de cenas rápidas com desfecho imprevisto, em linguagem coloquial e fluente.

Se se tiver de destacar um núcleo predominante nas histórias de Carlos Augusto, poderíamos citar a situação risível provocada por algum engano. Em geral, são forasteiros em busca de informação e os vários equívocos daí decorrentes.

Leitura fácil, agradável, de um texto eivado de diálogos ágeis e muito bem construídos, apontando para uma inegável vocação do autor para o teatro.

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