
A obra "Que enchente me carrega?" tem versões impressa e digital. A primeira é da editora Palavra Mágica e a segunda da Primavera Editorial.
A seguir, você encontrará informações sobre as duas edições. Antes, porém, é interessante ler a orelha da versão impressa, escrita por Ignácio de Loyola Brandão:

Ganhar logo um prêmio como o Jabuti, quando tem gente que escreve a vida inteira e nunca recebe; outros levam décadas para ganhar. Continuar imune às tentações, enfiado em sua casca, não contaminado pelas vaidades mundanas. Gente, se eu não tivesse lido primeiro À sombra do cipreste, e agora Que enchente me carrega? duvidaria que Menalton existisse. Existe. E como escreve!"
INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTA PÁGINA:
(edição impressa e edição digital)
1.Dados do livro
2.Onde encontrar
3.Breves comentários
4.Fragmento
DADOS DO LIVRO (versão impressa)
Título: Que enchente me carrega?
Editora: Palavra Mágica
Ano: 2.000
ONDE ENCONTRAR:
Livraria Saraiva - Loja virtual
Título: Que enchente me carrega?
Editora: Primavera Editorial
Ano: 2.016
PREÇO: R$ 7,90
ONDE ENCONTRAR:
Google Play
Livraria Cultura
BREVES COMENTÁRIOS:
Por J. Martins, Rádio Joinville Cultural FM 02/12/2012
"Li 'Que enchente me carrega?' de @Menalton_Braff. Vencedor do Jabuti 2000 de Contos, merece estar na lista dos melhores autores brasileiros."
Por Cris Gutkoski – Zero Hora – 11/12/00
"O novo livro do escritor gaúcho Menalton Braff, Que Enchente me Carrega?, injeta ânimo na literatura brasileira ainda carente de romances que dignifiquem as sofridas transformações urbanas dos últimos 15 ou 20 anos."
Por Rogério Pereira e Paulo Polzonoff Jr. – Rascunho – fev. 2001
" 'Que Enchente me Carrega?' é um passeio, sem as belas imagens de cartões postais, pela solidão e incerteza do homem. Firmino não passa de um sapateiro, mas se diz artista. Não tem mais mulher. Bebe para esquecer. Uma história banal que ganha a força que só a boa literatura é capaz de proporcionar às histórias banais."
FRAGMENTO
"Volto pra mim, meu corpo macerado, as mãos cuja semelhança muitas vezes me assombra, os calos e cortes, e percebo que de nada adiantou suportar vendavais, porque os galhos secos e retorcidos deixaram há muito de florir na primavera. E se permanece de pé, o tronco nodoso, é que as raízes secas ainda não apodreceram.
Passo a mão pela testa − dedos ásperos, ferramentas − desmancho as rugas e afasto
os pensamentos de autocomiseração. Nem tudo acabou. Daqui a pouco chega dona Rosário me oferecendo os pés: Ficou divino, Firmino, o mais belo que já calcei. De joelhos em sua frente, vou novamente fruir de seu perfume, me enredar em sua voz. É isto, viver?
Não sei quanto tempo estive a qui parado, à espera, à espreita espiando, mas agora é ela, sim, a manhã que chega, finalmente. Esta claridade macia desenhando as frinchas da veneziana, passarinhos roucos limpando a garganta, a voz dura do verdureiro exercendo autoridade sobre seu pobre rocinante. É ela, sem dúvida. Já posso deixar a cama."