segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

NOITE (25)

SERÁ QUE JAMAIS VOU TER PAZ NA MINHA VIDA?

Pág. 128 - "As palavras terríveis lhe voltam. Doem, queimam como ferro em brasa."
"Agora, mais que nunca, teme entrar em casa, pois tem a certeza de que ela não voltou. Como podia voltar depois de haver sido assim tão profundamente insultada?

Ergue-se e retoma caminho com passos incertos, desejando e ao mesmo tempo temendo chegar."
´"Já não tem mais dúvidas quanto ao que lhe aconteceu a noite passada. Agora sabe... Perdeu a memória e andou vagueando sem rumo pelas ruas."
(...)
"É possível que ele tenha assassinado alguém quando andava pela cidade em estado crepuscular."
"Santo Deus, será que jamais vou ter paz na minha vida?"
(...)
"Para à esquina. Lá do outro lado da rua - a sua casa. O coração dispara. As mãos tremem."
Pág. 129 - "Se ela voltou, ó meu Deus, se ela voltou prometo que daqui por diante tudo vai ser diferente. Agora eu sei. Mea culpa. Mea maxima culpa."
"Começa a atravessar a rua lentamente, a respiração penosa, como se levasse um peso no peito. Avista um homem de branco sentado no mio-fio da calçada, à frente de sua casa. É o mendigo da praza. De olhos baixos ele sopra na gaita e de novo as notas da valsa se erguem no ar da manhã..."
(...)
"Chega à calçada, detém-se por um minuto, mete a mão no bolso, encontra um níquel e atira-o na direção do vagabundo, que continua a tocar, alheio a tudo. A moeda tilinta nas lajes, por um breve segundo rodopia como uma píorra, depois tomba e ali fica cintilando, esquecida."

Um comentário:

  1. Ahá! acabei, agora posso voltar a ler os posts... e meu comentário é OH!!!!Obrigada por me trazer Érico de volta. Tinha me esquecido como é bom!!

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