sábado, 21 de fevereiro de 2015

CASOS E IMPRESSÕES

Faz algum tempo que não falo do Adelino Magalhães, um dos grandes escritores brasileiros que vai caindo no olvido. Difícil entender por que um escritor com suas qualidades literárias, um inovador em vários sentidos, não é canonizado. São razões para as quais talvez não haja explicação.

Mas me demorei a voltar ao autor porque, entre outras leituras, digamos, obrigatórias, lia também seu primeiro livro, Casos e impressões. E é sobre as impressões que me causou meu assunto. O autor divide os casos (de roça, urbanos, de crianças, etc.) e para cada grupo de casos plasma sua linguagem, no discurso das personagens, na fala popular do grupo. Esta espécie de naturalismo foi frequentemente usado nos alvores do século passado, pelo menos em sua primeira metade. Transcrever a linguagem do povo tal qual ela é foi uma das tendências de certo modernismo. No plano do conteúdo, na pragmática do texto, temos um painel bastante preciso da vida do Rio de Janeiro no início do século XX. Suas personagens são sempre extraídas do povo humilde, são cenas de rua, festas, entreveros, intrigas.


Como amostra deste primeiro livro, posto abaixo as quatro páginas finais da coletânea, escaneadas, infelizmente, que não tive outro recurso:





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