Esperamos você às 18h30, na Livraria da Vila - Fradique, para a noite de autógrafos da coletânea de contos O PESO DA GRAVATA, que está sendo lançado pela Primavera Editorial.
Este é o 23º livro do autor. Ao longo de quase quatro décadas de carreira, Braff lançou romances, coletâneas de contos, histórias infantis e novelas infantojuvenis. Venceu ou disputou como finalista alguns importantes prêmios de literatura, dos quais a mais recente conquista divulgamos ontem neste blog: o Selo Altamente Recomendável FNLIJ para o livro 'Castelo de areia'. Mas mas foi com outra coletânea de contos, ‘À sombra do cipreste’, que ele conquistou sua premiação máxima: Livro do ano no Jabuti 2.000.
Este é o 23º livro do autor. Ao longo de quase quatro décadas de carreira, Braff lançou romances, coletâneas de contos, histórias infantis e novelas infantojuvenis. Venceu ou disputou como finalista alguns importantes prêmios de literatura, dos quais a mais recente conquista divulgamos ontem neste blog: o Selo Altamente Recomendável FNLIJ para o livro 'Castelo de areia'. Mas mas foi com outra coletânea de contos, ‘À sombra do cipreste’, que ele conquistou sua premiação máxima: Livro do ano no Jabuti 2.000.
Para quem ainda não leu, trazemos novamente a entrevista com Menalton Braff sobre o livro publicada originalmente neste blog, no último sábado.
Blog do Menalton (BM): Fazia tempo, que você não publicava contos. Depois do livro premiado, veio apenas ‘A Coleira no pescoço’. Alguma razão para isso?
Blog: Como nasceu O PESO DA GRAVATA? Os contos foram feitos especialmente para o livro ou ocorreu um processo de garimpagem, semelhante ao do premiado 'À sombra do cipreste'?
MB: São muito raros os casos em que um autor escreve conto para um livro. No geral, e pertenço a esse caso, os contos nascem das circunstâncias, nascem das motivações de qualquer arte. Portanto, não há entre eles alguma coesão temática. Talvez estrutural em virtude do tempo e das circunstâncias em que o autor esteja mergulhado.
Blog: Em sua opinião, qual o traço comum a todos os contos desse livro?
MB: O livro pode ser dividido em duas partes: na primeira, predominam os contos com incursões pelo fantástico e pelo absurdo; na segunda, eles mantêm certo realismo/lirismo. Todos eles, entretanto, buscam uma linguagem que os aproxime da poesia.
Blog: O que O PESO DA GRAVATA traz de novo em relação aos seus outros livros de contos?
MB: Me parece que a novidade é essa incursão pelo fantástico e pelo absurdo. No mais, acho que mantêm alguma coisa de minha visão de mundo e da humanidade.
MB: Me senti bem mais realizado. Eram áreas da literatura que eu olhava nos outros, agora sei que posso transitar por elas.
Blog: E essa experiência acaba por aqui, na constatação de que é possível transitar por novas áreas, ou você sente que o fantástico e o absurdo já se incorporaram no seu repertório?
MB: Não sei. A coisa precisa chegar meio pronta. Se pintar algo no gênero, não fujo mais como fugia. Agora sei que posso entrar, que os fantasmas não me assustam mais.
Blog: Você é contista, romancista, escreve para adultos, crianças e adolescentes. O que muda quando você assume cada um desses papéis? O Menalton contista é diferente do Menalton romancista?
Existe algo em comum em todos esses Menaltons?
MB: Bem a diferença é grande e não conseguiria dizer tudo neste espaço. O Menalton intantojuvenil guarda certos princípios de linguagem e de ética, pois tem como destinatários seres em formação. Entre romance e conto as diferenças são mais no campo da estética. A linguagem do conto é mais densa, puxa mais para a poesia. Costuma-se dizer que no conto nada pode sobrar e no romance nada pode faltar. No conto não pode haver ornamento gratuito. Tudo tem de ter função, logo a linguagem deve também ser mais rigorosa do que no romance. No conto deve-se evitar o panorama e privilegiar a cena. O romance tem de viver dos dois em equilíbrio. O conto nasce pronto, de um jato, o romance é um convívio prolongado, às vezes de anos.
Blog: Quando você senta para iniciar um trabalho, você já tem em mente se será um conto ou um romance?
Blog: Como você escolhe seus temas?
MB: Não escolho os temas. Sem demagogia - os temas é que se escolhem. Costumo dizer que escrevo sobre o que me encanta e sobre o que me espanta. E tudo isso está aí ao nosso redor. Basta abrir os olhos.
Blog: O PESO DA GRAVATA é seu 23º livro. Você vê uma grande diferença de maturidade entre ele e os primeiros?
MB: Ah, não, na verdade me sinto o mesmo. Não tenho competência para essa avaliação.
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