ESPIANDO POR DENTRO

Esta coluna reúne análise literárias destinadas a vestibulandos e publicadas originalmente no site do
autor.

TÍTULO: Dom Casmurro
AUTOR: Machado de Assis

A obra 

1900 - Dom Casmurro
"... atar as duas pontas da vida e restaurar na velhice a adolescência."

- Memorialismo - distanciamento

- 1a pessoa, o ponto de vista que mantém a tragédia oculta até sua explosão

- "... o homem não tem o direito de colocar em coisa alguma um sentimento de triunfo."

- o nihilismo de Machado

Bentinho è ponto de vista é o sonho, a tibieza da vontade credibilidade fatos pessoas

- "Bentinho consegue invocar as imagens do passado, mas não a sua sensação e por isso a tentativa
fica tocada de uma melancolia incurável e pungente."

Memória – sensação

"Já agora creio que os pregões de rua, como os opúsculos de seminário, encerram casos, pessoas e sensações; é preciso que a gente os tenha vivido e conhecido no tempo, sem o que tudo é calado e incolor." Antecipou Marcel Proust.

Dilema - Seminário

Bentinho sonha - Capitu reflete

Capitu - Olhos de ressaca, pés no chão, dissimulada (?), a força

"Infiel é a vida. Capitu é a imagem da vida."

A eficácia de Machado: sistema de infiltração na consciência do leitor. Estrutura narrativa formada a partir de lembranças aparentemente casuais

Grande diálogo com a cultura universal (César, Fausto, Otelo, etc.) como elementos de formação do clima. O personagem redondo (E.M.Forster) perfil psicológico não estável, às vezes contraditório

O autor

 José Maria Machado de Assis  - Garoto pobre do morro do Livramento (RJ) - autodidata - tipógrafo, revisor, jornalista, contista, poeta, romancista, cronista, crítico literário, dramaturgo, primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Adolescente, ainda, publica "Ela", na Marmota, jornal de que é tipógrafo. Antes de 1881 publica quatro romances (primeira fase), considerados românticos. Com "Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) inicia o Realismo no Brasil.