sábado, 24 de agosto de 2019

ENTREVISTAS QUE VOCÊ NÃO LEU

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MEMÓRIA

Logo que venceu o Prêmio Jabuti 2.000, Menalton Braff foi entrevistado pelo repórter André Tarchiani Savazoni, da Folha Online. Veja como foi a conversa.

"Foi o coroamento de 40 anos de trabalho", diz revelação do Jabuti

                                        
ANDRÉ TARCHIANI SAVAZONI
repórter da Folha Online           
            
                         
Menalton Braff, o "azarão" do Prêmio Jabuti, que levou o prêmio de Livro do Ano de Ficção


Eufórico e emocionado por ganhar o prêmio de melhor escritor do ano, o gaúcho Menalton Braff, 61, disse que receber o Jabuti por Melhor Livro do Ano de Ficção foi o coroamento de 40 anos de trabalho.

"Tinha publicado muito pouco, mas sou professor de Literatura", afirmou Braff à Folha Online, na sexta-feira (28) minutos após o anúncio durante a 16ª Bienal Internacional do
Livro, no Expo Center Norte, em São Paulo. "Agora todos os caminhos vão se abrindo."

Autor de dois livros com um pseudônimo, ele disse que teve mais sorte ao colocar seu nome no livro e que não esperava, em momento algum, ganhar o Jabuti. Confira a entrevista do autor.

Folha Online - O senhor esperava receber esse prêmio?

Menalton Braff - Na verdade eu não esperava. Receber hoje o Jabuti foi o melhor susto que a vida já me deu. Eu não corri atrás. Quando vi publicado na Folha que tinha ficado entre os dez finalistas, já me surpreendi. Disse para o meu editor que isso era coisa dele (risos).

Folha Online - O que representar para o senhor receber o Prêmio Jabuti?

Braff - Foi o coroamento de uma vida inteira, de um trabalho de 40 anos. É o início de um novo patamar. Agora, todos os caminhos vão se abrindo porque é muito difícil publicar ficção no Brasil. Eu não tinha publicado, mas sou professor de literatura e essa é a minha vida.

Folha Online - Qual a história de "À Sombra do Cipreste"?

Braff - Quando escrevemos um conto, nunca pensamos em um livro. Eles vão surgindo e, como não sou de muita produção, fui arquivando. Um dia, vi que já tinha um volume razoável. Daí, um editor (Galeno Amorim) acabou me procurando e sugerindo que publicássemos. São contos do dia-a-dia das pessoas. Fiz a seleção e pronto. Quero aproveitar e dizer que o Galeno é o responsável por tudo de maravilhoso que está acontecendo nesta noite.

Folha Online - Em toda a sua carreira o senhor publicou só dois livros. Não é verdade?

Braff - A Lygia (Fagundes Telles) costuma dizer que o ofício do escritor é o mais solitário que existe. Eu já tinha trabalhado em antologias e publicado dois livros com pseudônimos _"Na Força da Mulher", de contos, e o romance "Janela Aberta". Eles são inferiores ao que escrevi agora. Parece que dei mais sorte colocando o meu nome (risos). Esse pseudônimo foi uma espécie de aprendizado.

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