MOREL VAI REVELAR O SEGREDO
Pág. 74 - "Chá para Dois e Valência persistiram até depois da madrugada. Apesar dos meus propósitos, comi pouco."
"Entrei pela carvoaria, à meia-noite. Havia criados na copa, na despensa. Resolvi esconder-me, esperar que todo mundo se retirasse. Poderia ouvir, talvez, o que Morel proporia a Faustine, ..."
"Na realidade, a declaração de Morel não me importava grandemente. Angustiava-me era o navio perto da praia; a fácil, a irremediável partida de Faustine."
(...)
Pág. 75 - "(...) Por uma fresta, podia ver o salão do aquário.
Morel dava ordens:
- Aqui, coloca uma mesa e uma cadeira.
Puseram as outras cadeiras em fila, diante da mesa, como numa sala de conferências.
Muito tarde, foram entrando quase todos. Houve um certo estrépito, alguma curiosidade, um ou outro sorriso; predominava a paz dissimulada do cansaço.
- Ninguém pode faltar - disse Morel - Enquanto não chegarem todos, não começarei."
(...)
Pág. 76 - "Morel falou, para umas pessoas que não consegui ver:
- É preciso procurá-lo por toda a casa. Vi-o entrar neste quarto, há um bocado de tempo."
(...)
"- Percorremos toda a casa - disse uma voz rude.
- Não importa. Tragam-no - replicou Morel.
Achei que estava encurralado. Quis sair. Contive-me."
(...)
"Logo após, voltaram Dora e o rapaz, com uma mulher velha, alcoolizada (que eu já tinha visto na piscina)."
(...)
"Falavam de Haynes? Não pensei que as palavras de Dora e a conversa de Morel pudessem relacionar-se com os homens. Falavam em procurar alguém e eu estava assustado, disposto a descobrir em tudo alusões ou ameaças. Agora penso que talvez nunca tenha ocupado a atenção desta gente... Mais do que isso: agora, sei que não podem procurar-me."
Observe-se que neste último parágrafo o narrador emprega dois tempos: o tempo da narração (agora) e o tempo da narrativa (falavam).
Pág. 77 - "Nossos hábitos supõem uma maneira das coisas acontecerem, uma vaga coerência do mundo."
"Morel segurava umas folhas de papel de seda amarelo, escritas a máquina."
"- Haynes que fique dormindo - disse Morel. - Pesa muito e, se vão buscá-lo, nunca mais começaremos."
Pág. 74 - "Chá para Dois e Valência persistiram até depois da madrugada. Apesar dos meus propósitos, comi pouco."
"Entrei pela carvoaria, à meia-noite. Havia criados na copa, na despensa. Resolvi esconder-me, esperar que todo mundo se retirasse. Poderia ouvir, talvez, o que Morel proporia a Faustine, ..."
"Na realidade, a declaração de Morel não me importava grandemente. Angustiava-me era o navio perto da praia; a fácil, a irremediável partida de Faustine."
(...)
Pág. 75 - "(...) Por uma fresta, podia ver o salão do aquário.
Morel dava ordens:
- Aqui, coloca uma mesa e uma cadeira.
Puseram as outras cadeiras em fila, diante da mesa, como numa sala de conferências.
Muito tarde, foram entrando quase todos. Houve um certo estrépito, alguma curiosidade, um ou outro sorriso; predominava a paz dissimulada do cansaço.
- Ninguém pode faltar - disse Morel - Enquanto não chegarem todos, não começarei."
(...)
Pág. 76 - "Morel falou, para umas pessoas que não consegui ver:
- É preciso procurá-lo por toda a casa. Vi-o entrar neste quarto, há um bocado de tempo."
(...)
"- Percorremos toda a casa - disse uma voz rude.
- Não importa. Tragam-no - replicou Morel.
Achei que estava encurralado. Quis sair. Contive-me."
(...)
"Logo após, voltaram Dora e o rapaz, com uma mulher velha, alcoolizada (que eu já tinha visto na piscina)."
(...)
"Falavam de Haynes? Não pensei que as palavras de Dora e a conversa de Morel pudessem relacionar-se com os homens. Falavam em procurar alguém e eu estava assustado, disposto a descobrir em tudo alusões ou ameaças. Agora penso que talvez nunca tenha ocupado a atenção desta gente... Mais do que isso: agora, sei que não podem procurar-me."
Observe-se que neste último parágrafo o narrador emprega dois tempos: o tempo da narração (agora) e o tempo da narrativa (falavam).
Pág. 77 - "Nossos hábitos supõem uma maneira das coisas acontecerem, uma vaga coerência do mundo."
"Morel segurava umas folhas de papel de seda amarelo, escritas a máquina."
"- Haynes que fique dormindo - disse Morel. - Pesa muito e, se vão buscá-lo, nunca mais começaremos."
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