A RAZÃO NÃO QUER, MAS O CORAÇÃO INSISTE
Pág. 31 - Agora a mulher do lenço me é imprescindível. Talvez todo esse escrúpulo de não esperar seja um pouco ridículo. Nada esperar da vida, para não arriscá-la; fazer-se de morto, para não morrer."
"(...) faz oito dias, quando registrei o milagre da aparição dessas pessoas; à tarde, tremi perto das rochas do oeste. (...) Voltei mais duas tardes: a mulher lá estava; comecei a achar que aquilo era a única coisa milagrosa; depois, vieram os dias aziagos dos pescadores, em que não a vi, do barbudo, da inundação, de reparar os destroços da inundação. Hoje à tarde..."
Pág. 32 - "Estou assustado; mas, com maior insistência, descontente comigo mesmo. (...) ...se demoram, malum signum: vêm me prender. (...)... prepararei uma explicação e os aguardarei não muito longe do bote, decidido a lutar, a fugir."
"(...) ... esperá-la nas rochas; a mulher, ao chegar, me encontraria absorto no pôr do sol; "
(...)
"Estraguei tudo: ela contemplava o entardecer e, bruscamente, surgi detrás de umas pedras."
Pág. 33 - "Os intrusos devem estar chegando. Não preparei uma explicação. Não sinto medo.
Esta mulher é algo mais do que uma falsa cigana. Espanta-me a sua coragem."
(...)
"Então, para adiar o momento de lhe falar, descobri uma antiga lei psicológica. Convinha-ms falar de um lugar alto, que me permitisse olhar de cima. Esta maior elevação material compensaria, em parte, as minhas inferioridades."
(...)
Pág. 34 - "Contemplei-a, escondido. Receei que me surpreendesse espiando-a; apareci, talvez, demasiado bruscamente;"
(...)
"Não me detive.
- Senhorita, quero que me escute -"
(...)
"Insisti:
- Compreendo que não se digne...
Não posso recordar exatamente o que lhe disse. Estava quase inconsciente. (...) Insisti, implorei, de um modo repulsivo. No fim, cheguei ao ridículo: trêmulo, quase aos gritos, pedi-lhe que me insultasse, que me delatasse, mas que não continuasse em silêncio."
Pág. 35 - "Os homens ainda não vieram me buscar. Talvez não venham esta noite. Talvez esta mulher seja para tudo igualmente assombrosa e não lhes tenha falado na minha aparição. A noite está escura. Conheço bem a ilha: não temo nem um exército de noite."
E os mistérios vão-se aos poucos intensificando.
Pág. 31 - Agora a mulher do lenço me é imprescindível. Talvez todo esse escrúpulo de não esperar seja um pouco ridículo. Nada esperar da vida, para não arriscá-la; fazer-se de morto, para não morrer."
"(...) faz oito dias, quando registrei o milagre da aparição dessas pessoas; à tarde, tremi perto das rochas do oeste. (...) Voltei mais duas tardes: a mulher lá estava; comecei a achar que aquilo era a única coisa milagrosa; depois, vieram os dias aziagos dos pescadores, em que não a vi, do barbudo, da inundação, de reparar os destroços da inundação. Hoje à tarde..."
Pág. 32 - "Estou assustado; mas, com maior insistência, descontente comigo mesmo. (...) ...se demoram, malum signum: vêm me prender. (...)... prepararei uma explicação e os aguardarei não muito longe do bote, decidido a lutar, a fugir."
"(...) ... esperá-la nas rochas; a mulher, ao chegar, me encontraria absorto no pôr do sol; "
(...)
"Estraguei tudo: ela contemplava o entardecer e, bruscamente, surgi detrás de umas pedras."
Pág. 33 - "Os intrusos devem estar chegando. Não preparei uma explicação. Não sinto medo.
Esta mulher é algo mais do que uma falsa cigana. Espanta-me a sua coragem."
(...)
"Então, para adiar o momento de lhe falar, descobri uma antiga lei psicológica. Convinha-ms falar de um lugar alto, que me permitisse olhar de cima. Esta maior elevação material compensaria, em parte, as minhas inferioridades."
(...)
Pág. 34 - "Contemplei-a, escondido. Receei que me surpreendesse espiando-a; apareci, talvez, demasiado bruscamente;"
(...)
"Não me detive.
- Senhorita, quero que me escute -"
(...)
"Insisti:
- Compreendo que não se digne...
Não posso recordar exatamente o que lhe disse. Estava quase inconsciente. (...) Insisti, implorei, de um modo repulsivo. No fim, cheguei ao ridículo: trêmulo, quase aos gritos, pedi-lhe que me insultasse, que me delatasse, mas que não continuasse em silêncio."
Pág. 35 - "Os homens ainda não vieram me buscar. Talvez não venham esta noite. Talvez esta mulher seja para tudo igualmente assombrosa e não lhes tenha falado na minha aparição. A noite está escura. Conheço bem a ilha: não temo nem um exército de noite."
E os mistérios vão-se aos poucos intensificando.
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