CONTINUA SUA FIXAÇÃO POR FAUSTINE
Pág. 102 - "Sem conceder nada à minha fraqueza, posso imaginar a chagada emocionante à casa de Faustine, o interesse que ela terá pelos meus relatos, a amizade que estas circunstâncias ajudarão a estabelecer. Quem sabe se não estou verdadeiramente a caminho - longo e difícil - de Faustine, do necessário descanso da minha vida?"
"Mas há outra pergunta que se pode fazer - com horror: Faustine vive?
Talvez porque a ideia me pareça tão poeticamente dilacerante - procurar uma pessoa que ignoro onde vive, que ignoro se vive -, Faustine me importa mais do que a própria vida."
"Precisamente o que não queria. Minha volta já não será secreta. Jamais vi passar um barco, daqui; exceto o de Morel, que era o simulacro de um barco"
Pág. 103 - "... se encontrar Faustine, estarei numa das situações mais penosas da minha vida. Terei de me rodear de alguns mistérios; pedir para lhe falar a sós; só isso, de parte de um desconhecido, já a fará desconfiar..."
"Antes, não pensava que uma ação pudesse me trazer boa ou má sorte."
"Quando me acalmar, encontrarei maneira de sair. Por ora, contando o que me aconteceu, obrigo os meus pensamentos a se ordenarem. E, se morrer, comunicação a atrocidade da minha agonia."
"Vim até à casa das máquinas, para compreendê-las (e para não estar à mercê das marés e poder consertar as falhas)."
Pág. 104 - "Entrei pelo buraco aberto na parede... Estou me deixando levar pela emoção."
"Ali estive um tempão, placidamente distraído (agora, parece-me inconcebível). Depois, as máquinas verdes começaram a funcionar."
"Procurei o buraco que tinha feito. Já lá não estava."
Pág. 105 - "Tive de aceitar o fato de que a parede se reconstruíra."
(...)
"No chão, onde o deixara cair ao entrar pela primeira vez, estava o f erro que me servira para quebrar a parede."
"Os golpes mais fortes, mais exaustivos, ressoavam contra a sua dureza e não abriam sequer uma fenda superficial, nem desprendiam o mais leve fragmento do seu esmalte azul-claro."
(...)
Pág. 106 - "Bati de novo. Em alguns lugares saíam pedaços de parede, que não deixavam ver nenhuma cavidade, nem clara nem sombria..."
"Assaltava-me o pavor de estar num lugar encantado e a revelação confusa de que a magia aparecia aos incréculos, como eu, instrasmissível e mortal, para vingar-se."
(...)
Pág. 107 - "... e compreendi tudo:
Estas paredes - assim como Faustine, Morel, os peixes do aquário, um dos sóis e uma das luas, o tratado de Belidor - são projeções das máquinas."
(...)
Morel deve ter imaginado esta projeção com parede dupla para que nenhuma pessoa chegue até às máquinas que conservam a sua imortalidade."
"O meu problema é fazer parar os motores verdes. Não deve ser difícil encontrar a chave que os desligue. Num só dia aprendi a manobrar o gerador e a bomba de puxar água. Sair daqui não me vai ser difícil."
Pág. 108 -
(...)
"Os horrorres do dia ficam assentes no meu diário. Escrevi muito...(...) Agora, vou parar de escrever, a fim de me dedicar, serenamente, a encontrar um jeito de fazer com que estes motores parem. Então, a brecha se abrirá de novo, como ante um abre-te sésamo; senão (embora perca Faustine para sempre), vou lhe dar com o ferro, como fiz com a parede, arrebentá-los, e a brecha se abrirá, como num passe de mágica, e eu poderei sair."
Pág. 102 - "Sem conceder nada à minha fraqueza, posso imaginar a chagada emocionante à casa de Faustine, o interesse que ela terá pelos meus relatos, a amizade que estas circunstâncias ajudarão a estabelecer. Quem sabe se não estou verdadeiramente a caminho - longo e difícil - de Faustine, do necessário descanso da minha vida?"
"Mas há outra pergunta que se pode fazer - com horror: Faustine vive?
Talvez porque a ideia me pareça tão poeticamente dilacerante - procurar uma pessoa que ignoro onde vive, que ignoro se vive -, Faustine me importa mais do que a própria vida."
"Precisamente o que não queria. Minha volta já não será secreta. Jamais vi passar um barco, daqui; exceto o de Morel, que era o simulacro de um barco"
Pág. 103 - "... se encontrar Faustine, estarei numa das situações mais penosas da minha vida. Terei de me rodear de alguns mistérios; pedir para lhe falar a sós; só isso, de parte de um desconhecido, já a fará desconfiar..."
"Antes, não pensava que uma ação pudesse me trazer boa ou má sorte."
"Quando me acalmar, encontrarei maneira de sair. Por ora, contando o que me aconteceu, obrigo os meus pensamentos a se ordenarem. E, se morrer, comunicação a atrocidade da minha agonia."
"Vim até à casa das máquinas, para compreendê-las (e para não estar à mercê das marés e poder consertar as falhas)."
Pág. 104 - "Entrei pelo buraco aberto na parede... Estou me deixando levar pela emoção."
"Ali estive um tempão, placidamente distraído (agora, parece-me inconcebível). Depois, as máquinas verdes começaram a funcionar."
"Procurei o buraco que tinha feito. Já lá não estava."
Pág. 105 - "Tive de aceitar o fato de que a parede se reconstruíra."
(...)
"No chão, onde o deixara cair ao entrar pela primeira vez, estava o f erro que me servira para quebrar a parede."
"Os golpes mais fortes, mais exaustivos, ressoavam contra a sua dureza e não abriam sequer uma fenda superficial, nem desprendiam o mais leve fragmento do seu esmalte azul-claro."
(...)
Pág. 106 - "Bati de novo. Em alguns lugares saíam pedaços de parede, que não deixavam ver nenhuma cavidade, nem clara nem sombria..."
"Assaltava-me o pavor de estar num lugar encantado e a revelação confusa de que a magia aparecia aos incréculos, como eu, instrasmissível e mortal, para vingar-se."
(...)
Pág. 107 - "... e compreendi tudo:
Estas paredes - assim como Faustine, Morel, os peixes do aquário, um dos sóis e uma das luas, o tratado de Belidor - são projeções das máquinas."
(...)
Morel deve ter imaginado esta projeção com parede dupla para que nenhuma pessoa chegue até às máquinas que conservam a sua imortalidade."
"O meu problema é fazer parar os motores verdes. Não deve ser difícil encontrar a chave que os desligue. Num só dia aprendi a manobrar o gerador e a bomba de puxar água. Sair daqui não me vai ser difícil."
Pág. 108 -
(...)
"Os horrorres do dia ficam assentes no meu diário. Escrevi muito...(...) Agora, vou parar de escrever, a fim de me dedicar, serenamente, a encontrar um jeito de fazer com que estes motores parem. Então, a brecha se abrirá de novo, como ante um abre-te sésamo; senão (embora perca Faustine para sempre), vou lhe dar com o ferro, como fiz com a parede, arrebentá-los, e a brecha se abrirá, como num passe de mágica, e eu poderei sair."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
http://twitter.com/Menalton_Braff
http://menalton.com.br
http://www.facebook.com/menalton.braff
http://www.facebook.com/menalton.braff.escritor
http://www.facebook.com/menalton.para.crianças