
(...)
"Sentia-se agora muito cansado e sabia que a noite se aproximava e procurava pensar noutras coisas. Pensou nas Ligas principais - para ele eram as Gran Ligas. Sabia que os Yankees de Nova Iorque enfrantavam nesse dia os Tigers de Detroit."
"'Este é o segundo dia em que não sei os resultados dos jovos', pensou."
(...)
Pág. 72 - "' Será que o grande DiMaggio poderia aguentar um peixe durante tanto tempo como o que eu vou levar para aguentar este? Tenho a certeza de que poderia, e até talvez melhor, pois é jovem e vigoroso."
(...)
"Quando o sol desapareceu no horizonte o velho Santiago recordou, para tomar mais coragem, aquela vez, em Casablanca, na taberna, quando medira forças com um negro enorme de Cienfuegos, que era o homem mais forte das docas. "
"As apostas pendiam ora para um ora para o outro e variavam durante toda a noite.(...) O desafio começara num domingo de manhã e terminara numa segunda-feira de madrugada. (...) Santiago pusera termo à luta e antes que os trabalhadores tivessem de ir às suas fainas."
Pág. 75 - "Durante muito tempo, depois disso, toda a gente o tratara por O Campeão e na primavera houvera um desafio de desforra. Mas dessa vez houve poucas apostas e o velho venceu sem dificuldade."
(...)
"Um avião passou por sobre a sua cabeça, a caminho de Miami, e o velho observou que a sombra do aparelho assustara um cardume de peixes-voadores que nadavam a alguma distância do barco."
(...)
Pág. 76 - "'Deve ser muito estranho voar num avião. Que aspecto terá o mar visto daquelas alturas?'"
Um pouco antes de acabar de escurecer, quando passavam por uma grande ilha de algas de sargaço que balouçava sobre as ondas, o anzol de linha mais curta foi mordido por um golfinho. Viu-o pela primeira vez quando ele saltou no ar, muito dourado na escassa claridade que restava e c ontorcendo-se e batendo desnorteadamente no ar. Saltou repetidas vezes de terror, e o velho dirigiu-se com dificuldade para a popa, encolhido e na segurar a linha com a mão e o braço direito. Puxou o golfinho com a mão esquerda, colocando o pé sobre a linha que ia puxando para o barco. Quando o peixe galgou a amurada, debatendo-se com desespero, o velho estendeu o braço e atirou-o para dentro do barco com força. O peixe contorcia-se e batia com a cauda dourada nas tábuas do barco, arremessando-se de encontro à amurada com fúria e terror; então o velho deu-lhe uma grande martelada na cabeçaixe estremeceu e depois ficou imóvel na coberta da canoa."
Uma tarde, uma noite, um dia. Estamos na segunda noite.
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