O VELHO E O MAR (12)

Pág. 77 -  "O velho desprendeu o anzol do golfinho, tornou a colocar outra sardinha e atirou a linha para o mar. Depois, lentamente, voltou para o seu lugar à proa. Lavou a mão esquerda e enxugou-a nas calças."
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Pág. 78 - "Mas, sentindo o movimento da água na mão, notou que iam um pouco mais devagar."
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"'Estou aprendendo o que devo fazer', pensou. 'Ou pelo menos esta parte da tarefa. Além disso, lembre-se de que ele ainda não comeu desde que mordeu aquela isca e é um peixe enorme que precisa de muito alimento. Eu comi um atum pequeno, inteiro. Amanhã comerei o golfinho.'"

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Pág. 79 - "Já estava escuro, pois em setembro a noite cai muito depressa, logo a seguir ao pôr do sol. Continuava encostado à madeira da proa e descansava tanto quanto lhe era possível."
Pág. 80 - Depois teve pena do enorme peixe que não tinha nada para comer, mas a sua determinação de matá-lo jamais arrefeceu, mesmo naquele momento de pena."
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"'Agora descansarei durante mais de uma hora e, depois de verificar que ele continua a nadar regularmente, irei até à popa para limpar o golfinho e tomar uma decisão. Entretanto vou examinar a sua maneira de agir e certificar-me de que ele não está preparando qualquer maroteira.'"
Pág. 81 - "Repousou bastante confortavelmente durante um período que julgou ser de duas horas. A lua, nesta altura do ano, só se levanta mais tarde, e não tinha meio de saber as horas com exatidão."
"- Mas você ainda não dormiu, meu velho, disso o pescador. Já se passaram meio dia e uma noite e agora outro dia e você ainda não dormiu."
Pág. 82 - "'Mas lembre-se de que precisa dormir. Procure um meio que lhe permita dormir, mas de maneira que acorde se a loinha se mover."
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"Começou a arrastar-se para a popa, de joelhos e apoiando-se nas mãos, tendo o cuidado de não balançar a linha. 'Pode ser que ele esteja meio a dormir', pensou o velho. 'Mas eu não quero que descanse. Tem de puxar até morrer.'"

Os discursos se alternam. Ora é o pensamento do velho, ora sua fala, em voz alta. Por fim, o discurso do narrador.