O Casarão da Rua do Rosário de Menalton Braff
Cadorno Teles 23/01/2013
Ganhador do Prêmio Jabuti de 2000 e finalista em 2006, o
escritor Menalton Braff volta à Bertrand Brasil com seu novo romance: O Casarão
da Rua do Rosário. Mais uma vez ele prova, ao narrar uma complicada saga
familiar, o poder de sua escrita e a sua capacidade em descrever situações
psicologicamente complexas.
“O romance de Braff faz uma viagem fiel ao passado recente
brasileiro – respeitando seu estilo algo solene, sua doentia resignação e até
mesmo sua imobilidade.” (José Castello)
“Menalton Braff é uma bênção. Existir um escritor cuja
preocupação é o texto, são as histórias, as personagens, o estilo, redime o
conceito de literatura.”(Ignácio de Loyola Brandão)
Release da editora Bertrand Brasil
Na trama, cinco irmãs ocupam o casarão da rua do Rosário.
Quatro delas solteiras e religiosas praticantes ao fanatismo; a quinta, viúva
de um líder sindical, um dos desaparecidos de 1964. Dois irmãos completam a
família: um deles casado, funcionário da prefeitura, o outro, solteiro e com
deficiência mental. Este último mora numa espécie de edícula do casarão,
enquanto o funcionário mora do outro lado da cidade. A história é contada em
primeira pessoa, em cinco partes, com o narrador colado em uma das personagens
em cada parte.
É uma família com fumos de nobreza em oposição às
transformações por que o Brasil vai passando. Os acontecimentos chegam ao
início do século XXI, com os filhos da irmã e do irmão casados, em conflito
entre si. O filho mais velho do funcionário municipal faz Direito e segue
carreira política, chegando a deputado federal da situação já nos fins da
ditadura militar. O filho mais velho do
líder sindical faz Medicina com especialização em Psiquiatria.
Além da história apaixonante, O Casarão da Rua do Rosário é
uma aula sobre história brasileira.
Menalton Braff nasceu no Rio Grande do Sul, cidade de
Taquara. Graduado em Letras, com pós-graduação, concentração em Literatura
Brasileira, pela Universidade São Judas Tadeu, de São Paulo, lecionou em
instituições de ensino superior até o ano de 1987. Atualmente seu tempo é
exclusivo da literatura: escrita, leitura e palestras. Com dezoito livros
publicados e um prêmio Jabuti na bagagem (À sombra do cipreste), dedica seu
tempo a atividades literárias. Já foi finalista da Jornada de Passo Fundo (Castelos
de papel), em 2003, e finalista do Jabuti em 2007, com A coleira no pescoço, e
em 2008 com o romance A muralha de Adriano, (ambos publicados pela Bertrand
Brasil). Com este último recebeu uma menção honrosa no Prêmio Casa de las
Américas, Havana, no ano de 2008 e foi um dos 5 finalistas do I Prêmio São
Paulo de Literatura no mesmo ano. Seu romance Bolero de Ravel foi finalista do
Prêmio São Paulo de Literatura 2011 e semifinalista do Prêmio Portugal Telecom
do mesmo ano. Em 2012, seu romance Tapete de silêncio está entre os 20 romances
semifinalistas desse mesmo prêmio.
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