Como já foi informado, nosso Grupo de Leitura Dom Quixote escolheu para este mês de março a novela (?) A confissão de Lúcio. Nas postagens que faremos, será usada a edição da Editora Moderna, de 1996, pertencente à coleção Travessias.
Logo na introdução, o narrador, depois de se confessar inocente de um crime por que pagou dez anos de reclusão, assim se manifesta:
Pág. 18 - "Mas o que ainda uma vez, sob a minha palavra de honra, afirmo é que só digo a verdade. Não importa que me acreditem, mas só digo a verdade - mesmo quando ela é inverossímil.
A minha confissão é um mero documento."
No primeiro capítulo, o narrador vê-se em Paris, onde deveria estudar Direito, mas envolve-se com o mundo das artes e da boêmia, abandonando os estudos.
Reencontra o lisboeta Gervásio Vila-Nova, escultor já com fama, fadado à falencia, entretanto.
É através de Gervásio que Lúcio, o narrador auto-diegético (primeira pessoa) fica conhecendo uma americana tão excêntrica quanto rica. Depois de alguns encontros em cafés e restaurantes, Lúcio é convidado para a inauguração do palácio da americana.
O que se deve notar, do ponto de vista da forma, neste passo, é a riqueza da adjetivação. Apenas como exemplo da descrição do palácio que se inaugurava, descrição em todos os sentidos requintada:
Pág. 25 - "À entrada, como no teatro, um lacaio recebeu os nossos cartões de convite e outro imediatamente nos empurrou para um ascensor, que, rápido, nos ascendeu ao primeiro andar. Então, deparou-se-nos um espetáculo assombroso.
Uma grande sala elíptica, cujo teto era uma elevadíssima cúpula rutilante, sustentada por colunas multicores em mágicas volutas. Ao fundo, um estranho palco erguido sobre esfinges bronzeadas, do qual - por degraus de mármore rosa - se descia a uma larga piscina semicircular, cheia de água translúcida. Três ordens de galerias - de forma que todo o aspecto da grande sala era o de um opulento, tantástico teatro."
É neste ambiente de arte e boêmia que Lúcio conhece o poeta Ricardo de Loureiro, personagem muito importante para o desenrolar da história.
(CONTINUA)
Logo na introdução, o narrador, depois de se confessar inocente de um crime por que pagou dez anos de reclusão, assim se manifesta:
Pág. 18 - "Mas o que ainda uma vez, sob a minha palavra de honra, afirmo é que só digo a verdade. Não importa que me acreditem, mas só digo a verdade - mesmo quando ela é inverossímil.
A minha confissão é um mero documento."
No primeiro capítulo, o narrador vê-se em Paris, onde deveria estudar Direito, mas envolve-se com o mundo das artes e da boêmia, abandonando os estudos.
Reencontra o lisboeta Gervásio Vila-Nova, escultor já com fama, fadado à falencia, entretanto.
É através de Gervásio que Lúcio, o narrador auto-diegético (primeira pessoa) fica conhecendo uma americana tão excêntrica quanto rica. Depois de alguns encontros em cafés e restaurantes, Lúcio é convidado para a inauguração do palácio da americana.
O que se deve notar, do ponto de vista da forma, neste passo, é a riqueza da adjetivação. Apenas como exemplo da descrição do palácio que se inaugurava, descrição em todos os sentidos requintada:
Pág. 25 - "À entrada, como no teatro, um lacaio recebeu os nossos cartões de convite e outro imediatamente nos empurrou para um ascensor, que, rápido, nos ascendeu ao primeiro andar. Então, deparou-se-nos um espetáculo assombroso.
Uma grande sala elíptica, cujo teto era uma elevadíssima cúpula rutilante, sustentada por colunas multicores em mágicas volutas. Ao fundo, um estranho palco erguido sobre esfinges bronzeadas, do qual - por degraus de mármore rosa - se descia a uma larga piscina semicircular, cheia de água translúcida. Três ordens de galerias - de forma que todo o aspecto da grande sala era o de um opulento, tantástico teatro."
É neste ambiente de arte e boêmia que Lúcio conhece o poeta Ricardo de Loureiro, personagem muito importante para o desenrolar da história.
(CONTINUA)
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