Título: Ciclo das Chamas
Autor: Antônio Lázaro de Almeida Prado
Gênero: Poesia
Editora: Ateliê Editorial
O professor Almeida Prado, em companhia de Antônio Candido e outros professores, foi um dos pioneiros do ensino da literatura na célebre Faculdade de Assis, no interior de São Paulo.
Sobre ele, assim se pronunciou o prof. Antônio Candido no prefácio do livro (fragmento):
"O que antes de mais nada chama a atenção do leitor desses versos é a opção formal, fruto de uma fusão bem elaborada da tradição com a modernidade. Veja-se, a título de exemplo significativo, a maneira com que o poeta usa o soneto, fazendo-o deslizar das cadências e sonoridades regulares à liberdade dos ritmos e à supressão da rima. E não raro percebemos, neles e noutros poemas, laivos de sutileza barroca fundidos na naturalidade coloquial. Esses traços denotam o poeta que é também professor de literatura, cheio de erudição, sentindo bem o passado cultural, mas dotado de mente sem amarras que o torna sensível ao relevo do nosso tempo."
Pág. 38
PLENILÚNIO VORAZ...
Plenilúnio voraz das labaredas,
Alteia, move, arranca-me, liberto,
Da atroz opacidade dos sentidos.
Que eu dance ao forte som incandescente
Da espiralada chama saltitante
E suplante a exaustão do fogo fátuo.
Na escarpada pastagem de mil raptos,
Qual cabrito montês, inebriado,
Quero humilhar a altivez dos píncaros.
E o que há para além dos estertores,
Para além do fulgor da luz oblíqua
Quero ver e provar, sem pausa ou medo.
Plenilúnio voraz das labaredas,
Eis-me pronto, eis-me íntegro e disposto
Para o salto, a imersão, a luz candente.
Autor: Antônio Lázaro de Almeida Prado
Gênero: Poesia
Editora: Ateliê Editorial
O professor Almeida Prado, em companhia de Antônio Candido e outros professores, foi um dos pioneiros do ensino da literatura na célebre Faculdade de Assis, no interior de São Paulo.
Sobre ele, assim se pronunciou o prof. Antônio Candido no prefácio do livro (fragmento):
"O que antes de mais nada chama a atenção do leitor desses versos é a opção formal, fruto de uma fusão bem elaborada da tradição com a modernidade. Veja-se, a título de exemplo significativo, a maneira com que o poeta usa o soneto, fazendo-o deslizar das cadências e sonoridades regulares à liberdade dos ritmos e à supressão da rima. E não raro percebemos, neles e noutros poemas, laivos de sutileza barroca fundidos na naturalidade coloquial. Esses traços denotam o poeta que é também professor de literatura, cheio de erudição, sentindo bem o passado cultural, mas dotado de mente sem amarras que o torna sensível ao relevo do nosso tempo."
Pág. 38
PLENILÚNIO VORAZ...
Plenilúnio voraz das labaredas,
Alteia, move, arranca-me, liberto,
Da atroz opacidade dos sentidos.
Que eu dance ao forte som incandescente
Da espiralada chama saltitante
E suplante a exaustão do fogo fátuo.
Na escarpada pastagem de mil raptos,
Qual cabrito montês, inebriado,
Quero humilhar a altivez dos píncaros.
E o que há para além dos estertores,
Para além do fulgor da luz oblíqua
Quero ver e provar, sem pausa ou medo.
Plenilúnio voraz das labaredas,
Eis-me pronto, eis-me íntegro e disposto
Para o salto, a imersão, a luz candente.
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