Estamos iniciando hoje mais uma etapa do projeto "Uma história, várias mãos".
A seguir, publicamos o texto escolhido como segundo capítulo do e-book coletivo. A partir de agora, os jovens estão convidados a escrever o terceiro capítulo que deverá dar continuidade aos dois primeiros.
Podem participar da disputa jovens de até 18 anos e quem estiver enviando texto pela primeira vez deve anexar cópia (frente e verso) da carteira de identidade.
O prazo para entrega do terceiro capítulo é meia-noite do dia 31 de outubro. Antes de começar a escrever, é importante ler o regulamento e os dois primeiros capítulos.
Regulamento
Dois primeiros capítulos
Boa sorte a todos!
Ricardo se trocou, e desceu as escadas para almoçar, porque logo a sua mãe chegaria. No quarto dele, em cima do criado-mudo, o celular vibrou com o nome MARINA na tela, mas logo foi para a lista de chamadas perdidas.
A seguir, publicamos o texto escolhido como segundo capítulo do e-book coletivo. A partir de agora, os jovens estão convidados a escrever o terceiro capítulo que deverá dar continuidade aos dois primeiros.
Podem participar da disputa jovens de até 18 anos e quem estiver enviando texto pela primeira vez deve anexar cópia (frente e verso) da carteira de identidade.
O prazo para entrega do terceiro capítulo é meia-noite do dia 31 de outubro. Antes de começar a escrever, é importante ler o regulamento e os dois primeiros capítulos.
Regulamento
Dois primeiros capítulos
Boa sorte a todos!
Capítulo 2
Ricardo saiu da escola com a cabeça perturbada. Apalpou o
bolso, pegou o celular e pensou em mandar uma mensagem para Marina, mas
hesitou. Se o anônimo do bilhete descobrisse, com certeza Ricardo ia conhecer o
“motivo para se arrepender”. Não ia conseguir se afastar por muito tempo de
Marina, alguma coisa ia falar com ela. Andou depressa, pensando no caso. Entrou
em casa e bateu a porta. Largou a mochila no sofá e correu pra cozinha.
– E
aí, filho? Como foi na escola?
– Oi, pai. Foi mais ou menos, aconteceu uma coisa que não
sai da minha cabeça, e eu tô um pouco preocupado.
– Diga – o pai de Ricardo aprumou-se na cadeira, dobrou o
jornal e olhou para o filho.
– Olha isso – Ricardo pegou o bilhete no bolso e mostrou
ao pai. Ele leu com a testa franzida e colocou o bilhete sobre a mesa.
– Então, eu acho que é um menino apaixonado pela Marina e
que tem ciúmes de você, porque você é o melhor amigo dela.
– Eu pensei nisso, é o mais óbvio, mas e essa coisa de eu
ter motivo pra me arrepender? Será que é algum menino querendo me botar contra
a parede e me bater? Ou é um louco?
– Não acho que chegaria a esse ponto, Ricardo. Pensa:
esse moleque não deve ser assim tão perigoso. Ele te mandou um bilhete, e não
veio falar com você cara a cara. Não se preocupe, fale com o Ronaldo e a Marina
no domingo. No sítio esse tal menino do bilhete não tem como saber que você
andou com ela.
– Tá... eu vou ligar pro Olavo. Ele era o único além do
Ronaldo que estava na sala quando eu achei o bilhete na minha carteira, pode
ter sido ele quem mandou.
– Pode ser. Vai lá – disse o pai, e voltou ao jornal.
Ricardo subiu,
pegou o telefone e teclou o número de Olavo. Esperou, andando nervoso em
círculos no quarto.
– Alô?
– Olavo, é o Ricardo. Eu preciso que você me fale uma
coisa, sem mentir, é muito importante.
– Nossa, fala então.
– Hoje, depois do recreio, alguém passou lá na sala e
deixou alguma coisa em cima da minha carteira antes de eu entrar?
– Ah, eu fui o primeiro a chegar e não vi nada, você
sabe. Tinha passado um menino loiro na sala pra falar com a Dona Silvana, mas
ele saiu logo, nem prestei atenção.
O coração de Ricardo bateu mais rápido:
– Como era ele, como? O nome, você sabe? O ano, qualquer
coisa!
– Ah, eu já falei! Loiro, e estava com um moletom verde
de uma banda de rock. Mas por que você tá me perguntando isso? Eu já te falei
do menino, agora me fala o porquê disso tudo.
– É que eu recebi um bilhete de alguém, de ameaça mesmo.
Valeu, amanhã eu procuro ele. Tchau.
– Ricardo, espera aí, rapidinho. A Marina sabe? Ela tá
meio estranha com você ou é só comigo?
– A M-marina? Eu não conversei muito com ela hoje. Eu
tenho que desligar logo, meu pai tá chamando. Tchau.
– Tá
bom, então. Tchau.
Ricardo largou o telefone, sentou na cama e se apoiou no
travesseiro. Um menino loiro rockeiro? Na escola, pelo menos, nunca o tinha
visto. A não ser que fosse o Carlos, do oitavo ano B, que era loiro e escutava
músicas do tipo. Não, ele babava pela Carol da sala dele. Hoje mesmo o tinha
visto com um blusão vermelho, conversando com os amigos sobre videogame. Não
podia descartar a opção de ser ele, mas não se preocupou muito. No dia seguinte
iria procurar algum garoto loiro que curtia rock.
Ricardo se trocou, e desceu as escadas para almoçar, porque logo a sua mãe chegaria. No quarto dele, em cima do criado-mudo, o celular vibrou com o nome MARINA na tela, mas logo foi para a lista de chamadas perdidas.
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