quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

LEITURA

A sra. Dean, personagem de O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë, é a criada da família Earnshaw, gente rude que mora nas montanhas.
Conversando com seu vizinho, o sr. Lockwood, este lhe diz:

"Estou certo de que tem pensado muito mais que o comum dos servidores. Foi obrigada a cultivar suas faculdades de reflexão por falta de ocasiões de perder seu tempo em ocupações insignificantes.
A Sra. Dean riu.
- Efetivamente, acho que sou uma criatura ponderada e razoável - disse ela -, não exatamente pelo fato de viver entre montanhas e ver as mesmas caras e as mesmas ações, de começo a fim de ano, mas porque fui submetida a severa disciplina, que me ensinou a ser criteriosa. E, além disso, tenho lido mais do que o senhor imagina.
Não há nesta biblioteca livro algum que eu não tenha aberto e dele tirado algum proveito, a não ser os daquela fileira de gregos e latinos, e os franceses. assim mesmo, sou capaz de distinguir uns dos outros. É o mais que o senhor pode exigir da filha dum homem pobre. Seja como for, se tenho de continuar minha história à maneira de uma verdadeira "comadre", o melhor é não perder tempo. E em vez de saltar três anos, contentar-me-ei em passar para o verão seguinte... o verão de 1778, isto é, há quase 23 anos."

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