
* Artigo publicado na revista Sala de Leitura".
Um mundo de palavras
O homem, quando ainda não se distinguia da natureza, contentava-se com muito poucas palavras. Sua vida era guiada por instintos e ele estava geneticamente programado como qualquer passarinho, que não precisa aprender a bater asas ou abrir o bico para receber sua ração. Na medida, entretanto, que cresciam suas necessidades, tornou-se também necessária a comunicação para a coordenação de ações solidárias. O mundo, então, começa a encher-se de palavras.

Durante milhares de anos, toda descoberta, toda invenção do ser humano tinha uma vida limitada, pois desaparecia com a morte de quem as concebia. A transmissão oral tinha vida muito curta.
É com a invenção da escrita que se dá o início da civilização.
Não se pode supor ao menos que um povo tenha alto grau de civilização sem um grau elevado dos índices de leitura.
Em geral, o gosto pela leitura, ou, pelo menos, seu hábito, inicia-se em casa. O homem aprende por imitação. Pais que leem, podem, provavelmente, transmitir tal gosto a seus filhos. Quando isso não acontece, quando em casa a criança não encontra exemplos de leitores, compete à escola desenvolver esse hábito, e mais, incentivar esse gosto.
O leitor desenvolve uma percepção mais rápida do mundo, uma sensibilidade maior para o trato com seus semelhantes, agiliza o raciocínio, amplia a compreensão da vida. Estar fora do universo de Gutemberg, nos dias atuais, é pedir atestado de atraso, é remar contra a civilização, é pedir o retorno para o escuro mundo das florestas e a indistinção com a natureza.
As palavras, sobretudo as escritas, são pássaros que voam ao nosso redor. Se as conhecemos, e mais, se as estimamos, são pássaros de bela plumagem cujo gorjeio vai encher-nos de alegria.
Vamos ler?!
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