Uma tarde no presídio
Você já entrou em uma penitenciária? Não! Ontem, dia 30/10 entrei em uma, em Serra Azul. Além das portas que vão-se abrindo e fechando (grades de ferro) o que se pode encontrar em uma penitenciária? Penitentes. E eles me olhavam maravilhados, enfim eu era um ser que vinha lá de fora.
Mas a penitência que eles cumprem, foi por alguma falta cometida. Quem não as comete? E estão pagando, alguns conformados, cientes de que têm uma dívida para acertar. Outros menos conformados, nem por isso prontos para uma revolta.

Conversei com os detentos que fazem parte do Clube de Leitura. E eles tinham realmente lido meu romance Que enchente me carrega? Como eu sei que leram? Pela qualidade das perguntas,
por suas curiosidades a respeito da Elvira e do Firmino, como também do Godofredo. Queriam ir além da superfície do texto, e me exploraram bastante. Foi uma alegria.
Uma das conclusões: muitos deles, cumprida a pena, ocuparão um lugar na sociedade, virão para nosso meio. São seres humanos que tiveram um escorregão, mas isso não os desumaniza. É um preconceito pelo menos idiota achar que "Pau
que nasce torno morre torto." Todos nós estamos sujeitos a uma infração, talvez por sorte, nem
sempre por sólidos valores morais, conseguimos segurar o diabinho que habita cada um de nós.
Esta é a segunda vez que visito uma unidade prisional, as duas bem diferentes, mas reforçou minha ideia de que a leitura pode operar milagres. Amanhã tem mais. Desta vez será na prenitenciária de Jardinópolis.
Conversei com os detentos que fazem parte do Clube de Leitura. E eles tinham realmente lido meu romance Que enchente me carrega? Como eu sei que leram? Pela qualidade das perguntas,
por suas curiosidades a respeito da Elvira e do Firmino, como também do Godofredo. Queriam ir além da superfície do texto, e me exploraram bastante. Foi uma alegria.
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Retrato a óleo pintado por um detento para homenagear Menalton Braff. A homenagem dos outros presos pode ser vista na foto acima: frases e capas de livros de Menalton Braff espalhadas pelas paredes. |
que nasce torno morre torto." Todos nós estamos sujeitos a uma infração, talvez por sorte, nem
sempre por sólidos valores morais, conseguimos segurar o diabinho que habita cada um de nós.
Esta é a segunda vez que visito uma unidade prisional, as duas bem diferentes, mas reforçou minha ideia de que a leitura pode operar milagres. Amanhã tem mais. Desta vez será na prenitenciária de Jardinópolis.
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