Joaquim Maria Botelho é Jornalista, especialista em
Jornalismo Internacional, mestre em Crítica Literária e palestrante. Trabalhou
em revistas, jornal, emissoras de televisão e empresas privadas, sempre no
âmbito do Jornalismo e Comunicação. Foi professor da Universidade de Taubaté e
presidiu a UBE – União Brasileira de Escritores entre 2010 e 2015. É autor de
diversos livros técnicos e biografias, entre outros, publicou os romances O
Livro de Rovana (2016) e Costelas de Heitor Batalha (2015). Vive, há mais de 40
anos, de contar histórias de gente que enfrentou o inusitado, o incomum, ou
mesmo que passou a existência dentro do comum e do cotidiano repetido, lá fora.
Para para saber um pouco sobre o livro, leia a orelha escrita
por Sanatna Filho e para confirmar presença, clique
no link abaixo.
Evento no Facebook
Orelha
Estamos diante de um caleidoscópio de imagens e palavras, temos muito o que espiar por aqui. Não se poderia afirmar com certeza se Joaquim Maria Botelho está revelando, insinuando, tecendo uma tarrafa de existências ou simplesmente fazendo girar o caleidoscópio onde se erguem, para em seguida se fragmentar em entrelinhas, as letras das narrativas, o suor, e todas as imagens. Alguns destes acontecimentos se dão em varandas, quintais, campos a céu aberto, subterrâneos da terra, a zona rural. Digamos que ele esteja sentado em cadeira de balanço no alpendre, espiando da grande janela de madeira ou digitando em máquina de última geração, mas sempre estará na vertente por onde a vida passa, a letra alfa de suas observações. Acomete-nos, em sua voz, nas páginas, a serração, alguma florada, insurreições de lama, fadas, uns bichos, calamidades de amores e mortes, tudo muito próximo do barro, sim, porque é na argila que Joaquim foi encontrar a gema deste movimento. É certo que utiliza o olhar pródigo em vasculhar cada escaninho do que encontra lá fora – e Joaquim é errante – porém o faz, não para registrar os acontecimentos apenas, fazer correr a notícia à moda dos que se querem correios ou se concedem asas de metal. Antes, este contador todo orgânico utiliza-se do lá fora para revelar o que de mais furtivo se encontra aqui dentro – e o prioriza –, por isso nomeou assim o conjunto das narrativas recheadas de acontecimentos exteriores. E o faz, valendo-se do imenso arsenal do seu léxico, porque Joaquim conhece muitas palavras, e as toma nas mãos, esbarrando diante delas, fixo nas moléculas da água. Entretanto, numa subversão apenas possível para quem modela com exatidão e calma, as utiliza para atingir a única matéria que elas não conseguem alcançar sem este firme comando: a própria alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
http://twitter.com/Menalton_Braff
http://menalton.com.br
http://www.facebook.com/menalton.braff
http://www.facebook.com/menalton.braff.escritor
http://www.facebook.com/menalton.para.crianças