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segunda-feira, 30 de abril de 2018

CARTAS DO INTERIOR

Coração mais leve

Alguém me disse, e eu não me lembro mais quem foi, que o otimismo irredutível se confunde com a ingenuidade. Assim como coisa de criança. Passei, então, para não me entender ingênuo, a cultivar uma espécie de brando pessimismo. Brando, mas verdadeiro. Meus óculos de ver o mundo não tinham lentes cor-de- rosa.

Naquilo que passou a ser minha atividade principal depois de aposentado do magistério, isto é, os livros, produzindo-os e os consumindo, mantinha, e até certo ponto mantenho ainda, um olhar desconfiado, sem as lentes verdes da esperança. As pesquisas mostram o quanto estamos atrasados no quesito leitura, sobretudo quando nos comparamos com nações mais antigas e de melhores índices de escolaridade.

Mas apesar de meu pessimismo, mesmo sendo ele, o pessimismo, de um tipo brando, nunca aceitei que fôssemos comparados com países que já produziam ciências e humanidades quando o Pedro Álvares Cabral aqui aportou. Uma comparação sincrônica com outros países. Julgava, e julgo, que a comparação deva ser diacrônica, isto é, do Brasil de tempos idos com o Brasil atual.

Isso abrandava ainda mais meu pessimismo. Na última segunda-feira, 23/04/18, estive em Belo Horizonte a convite da rede Livraria Leitura para o lançamento do projeto Clube Leitura.