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sábado, 30 de setembro de 2017

MENALTON NO PRESÍDIO

Menalton no CR de Araraquara (setembro de 2015)
No dia 1º de novembro, Menalton Braff conversará com presidiários de Jardinópolis sobre literatura.

O  encontro faz parte da programação do projeto Clubes de Leitura promovido pela Fundação Professor Dr Manuel pedro Pimentel (Funap), vinculada à Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (Sap).

Em 2015, Menalton visitou o CR Masculino de Araraquara. O motivo do convite foi o mesmo de agora: os detentos que participam do Clube de Leitura tinham lido o romance "Que enchente me carrega?".

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

SAI REPORTAGEM SOBRE VISITA DE MENALTON À CADEIA DE ARARAQUARA

Acesse a publicação original

Apresentamos, a seguir, o texto da reportagem publicada pelo site da Secretaria da Administração Penitenciária. Ao final da postagem, mostramos trechos de mensagens enviadas a Menalton Braff pela mãe do detento que tocou flauta para recepcionar o escritor.

21/10/15 | Mariana Fonseca - Assessoria de Imprensa - SAP

Escritor Menalton Braff participa de projeto do C.R de Araraquara
Leitura e emoção marcam presença mais uma vez no encontro

Reeducandos cantando para Menalton Braff

O projeto “Roda de leitura-palavra mágica” deu sequência no Centro de Ressocialização (CR) de Araraquara, dessa vez contou com a participação do escritor, ganhador do prêmio Jabuti, 2000 e membro da Academia de Letras Ribeirãopretana, Menalton Braff. O projeto começou em 20 de agosto e se baseia em reuniões que visam discutir um título, escolhido através de votação pelos próprios presos, sendo que o livro do último encontro foi o “Que enchente me carrega? ”, de autoria do convidado em questão.

O clube de leitura é uma parceria da Funap (Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel”) Regional de Ribeirão Preto, Fundação Palavra Mágica Ribeirão Preto e CR de Araraquara e traz, além da leitura das obras, a oportunidade de contato com estudiosos e até mesmo com os autores. Menalton participou da discussão do livro no dia 28 de setembro e viu de perto o efeito de seu trabalho sobre as diferentes classes, o próprio autor considera “Que enchente me carrega? ” uma leitura difícil e se impressionou com as análises feitas pelos reeducandos. “É preciso que se diga, não é um romance de fácil leitura, em virtude das técnicas narrativas empregadas, com predomínio do fluxo de consciência e sua alinearidade. Pois bem, fiquei impressionado com o nível das perguntas que ouvi”, admitiu Braff. Ele se emocionou ao ouvir os detentos cantando e tocando uma música que fizeram inspirados em sua obra e que recebe o título da mesma.

Uma leitura libertadora

Essa roda de leitura ocorre a cada 15 dias, proporciona reflexão, diálogo e convívio social, ensinando os participantes a ouvirem as diferentes opiniões e respeitá-las, assim prepara os detentos para a reinserção na sociedade. ” Eu achei uma experiência incrível [...]. Em minha vida eu sempre gostei de ler, sempre fui leitor e nunca passaria pela minha cabeça conhecer um escritor de tantos trabalhos. Aprendi a me expressar em público, algo que tenho muita dificuldade”, comentou um preso no fim do encontro, demonstrando que o prazer de ler não cessa com o encarceramento, ao contrário, a leitura pode ser estimulada mesmo em reclusão.

“Despertou em nós o interesse pela leitura, nos levando a desbravar novos horizontes, trazendo de volta a capacidade de sonhar através da leitura”; “[...] é como ler com quarenta olhos, ou seja, muito mais conhecimento e discernimento”, afirmaram alguns dos participantes. O projeto se tornou um meio de fazer com que os presos sejam mais ligados à cultura e entusiasmados a idealizarem um futuro melhor; a leitura lhes apresenta outra realidade.


A roda de leitura já é um sucesso e pretende atrair os olhares de mais reeducandos para os livros; as palavras guiam a outros lugares e os tornam livres, capazes de serem pessoas melhores.

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Mãe se manifesta

Entre a data da visita e hoje Menalton recebeu algumas mensagens da mãe do detento que tocou flauta durante o encontro. Mostramos, a seguir, algumas dessas mensagens. As partes em branco foram propositadamente apagadas para preservar a identidade de mãe e filho.