Glub! Glub! No boteco, no clube
Todo mundo grogue, ugh! Ugh!
Glub! Ugh! Ugh! Glub!
Este meu coração vagabundo
Veio pra mendigar neste mundo
Migalhas do teu amor
Ignorado, vive na sarjeta em dor
Para narrar esta triste odisseia
Snif! Snif! Onomatopeia
Para realçar o ziguezague
Interjeição outra também cabe
Este meu coração vagabundo
Craque no pimba e baque
Num segundo deixaria o submundo
Com um tico do teu tique-taque
Eu olho pra você
A esperança diz oba!
Você não me vê
A venturança diz opa!
Minha emoção faz uau!
Mas real é o psiu algoz
E o cupido, meu Deus, bau, bau!
Ui, ui, ui! A coisa tá feia
Não vislumbro panaceia
Glub! Glub! No boteco, no clube
Todo mundo grogue, ugh! Ugh!
Glub! Ugh! Ugh! Glub!
Num vapt, você me beija
Num vupt, você me deixa
Para encarar a alucinação
Ou a dureza da razão
Só com tim-tim homérico
Ou com plim-plim no périplo
Diria à fada: não queria este destino
Sonhava com outro abismo
O da felicidade sem chão
O meu tique-taque e o de quem me diz não
Escritos nas estrelas com ‘TEZÃO’
Glub! Glub! No boteco, no clube
Todo mundo grogue, ugh! Ugh!
Glub! Ugh! Ugh! Glub!”
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Poema 062 - Por Cássio Vasconcelos - maio de 2017
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