A FUGA
O intermediário enviado por Hermógenes é recebido, as condições de um armistício ficam estabelecidas (durante três dias ninguém mais dá tiro nenhum), e assim se manifesta o Rodrigues Peludo, em nome de Hermógenes:
Pág. 375 - "- 'Com sua licença dada, e nos usos, estou trazendo estas palavras, Seô Chefe, que para repetir ao senhor fui mandado: - Que, em vistas desses soldados, e do mais, que é contra todos, se não era mais aproveitável, para uma parte e outra, de se fazer trato de paz, por uns tempos... E por oferta é que venho, por ordens. Que - se serve, ou valor tem, o dito - pergunta faço; e se o senhor há de estar ou não de acordo, me dando a resposta que queira dar, para eu levar para os meus chefes...'"
A conversação se prolonga dificultosa, mas chega a bom termo.
Riobaldo continua com suas reflexões:
Pág. 378 -m "Assim que, então, os de lá - os judas - não deviam de ser somente os cachorros endoidecidos; mas, em tanto, pessoas, feito nós, jagunços em situação. Revés - que, por resgate da morte de Joca Ramiro, a terrível que fosse, agora se ia gastar o tempo inteiro em guerras e guerras, morrendo se matando, aos cinco, aos seis, aos dez, os homens todos mais vaalentes do sertão? Uma poeira dessa dúvida empoou minha ideia - como a areia que a mais fininha há: que é a quer o rio Urucúia rola dentro de suas largas águas, quando as chuvaradas do inverno."
Pág. 379 - "Tudo por culpa de quem? Dos malguardos do sertão. Ali ninguém não tinha mãe? (...) O ódio de Diadorim forjava as formas do falso."
Enfim, a noite cai e inicia-se a marcha da fuga.
Pág. 386 - "Livrados! No escuso, o tudo ajudando, fizemos passagem, avante mais. Tempo que andamos, contracalados, soprando o sangue para se esfriar; até que se cobrou veras de perigo não haver, no regozijo de poupados de qualquer espreita ou agredimento."
Pág. 387 - "No sítio desse Dodó Ferreira, o Nicolau e o Leocádio iam ficar acoitados lá, até que pudessem sarar de todo somenos. Nós, não. De que desde dali, rifles nas costas, riscamos de rota abatida para o Currais-do-Padre, para renovame, porque lá se tinha resgaurdada uma boa cavalaria."
Mas as dificuldades são crescentes. Uma verdadeira epoeia os aguarda.
Pág. 388 - "Dormir remolhado, se dormia, cvom a lama da friagem. De madrugadar, depois, se achava era pé de onça, circulando as marcas. E a gente ia, recomeçado, se andava, no desânimo, nas campinas altas. Tão território que não foi feito para isso, por láa esperança não acompanha. Sabia, sei. O pobre sozinho, sem um cavalo, fica no seu, permanece, feito numa crôa ou ilha, em sua beira de vereda. Homem a pé, esses Gerais comem."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
http://twitter.com/Menalton_Braff
http://menalton.com.br
http://www.facebook.com/menalton.braff
http://www.facebook.com/menalton.braff.escritor
http://www.facebook.com/menalton.para.crianças