SEDUÇÃO PELAS FLORES
Apaixonado pela mulher de lenço na cabeça, o fugitivo tenta de todos os modos aproximar-se dela, conquistar-lhe algum fragmento de atenção.
Pág. 35 - "Foi outra vez como se não me tivesse visto. Não cometi outro erro o de permanecer calado e deixar que o silêncio se restabelecesse.
Quando a mulher chegou às rochas, eu contemplava o poente. (...) Bastava-me esticar um braço para tê-la tocado."
Pág. 36 - "Tirou um livro da sacola e pôs-se a ler. Aproveitei a trégua para me acalmar. "
(...) ... pensei: - Prepara-se para interpelar-me. - Mas não. O silêncio aumentava, iniludível."
"(...) Desconfio. Estou pronto a surpreender a conspiração mais silenciosa."
"(...) Que faz um homem nessas ocasiões? Manda flores. É uma ideia ridícula... mas as cafonices, quando humildes, têm todo o apoio do coração."
Pág. 37 - "(...) Talvez a natureza me ajude a conseguir a intimidade de uma mulher.l"
"Levantei-me de madrugada. Sentia que o mérito do meu sacrifício bastava para realizar o trabalho.
Vi as flores (abundam na parte baixa dos barrancos). Arranquei as que me pareceram menos desagradáveis."
(...)
"São flores diminutas e ásperas. Cortei umas quantas. Não t~^em essa pressa monstruosa de morrer."
(...)
Pág. 38 - "(...) Durante o meu trabalho de juntas as flores, vigiei o museu e não vi nenhum dos seus ocupantes; isso me permite supor que tambpóuco me viram."
(...)
"Careço de estética para jardins; de qualquer maneira, entre os capinzais e os matagais, o trabalho resultará comovente."
"Sinto uma certa vergonha em descrever o meu projeto. Uma imensa mulher sentada, contemplando o poente, com as mãos unidas sobre um joelho; um homem exíguo, feito de folhas, ajoelhado diante da mulher (debaixo deste personagem colocarei a palavra "EU", entre parênteses)."
"E mais esta inscrição:
Sublime, não longínqua e misteriosa,
Com o silêncio vivo de uma rosa."
Apaixonado pela mulher de lenço na cabeça, o fugitivo tenta de todos os modos aproximar-se dela, conquistar-lhe algum fragmento de atenção.
Pág. 35 - "Foi outra vez como se não me tivesse visto. Não cometi outro erro o de permanecer calado e deixar que o silêncio se restabelecesse.
Quando a mulher chegou às rochas, eu contemplava o poente. (...) Bastava-me esticar um braço para tê-la tocado."
Pág. 36 - "Tirou um livro da sacola e pôs-se a ler. Aproveitei a trégua para me acalmar. "
(...) ... pensei: - Prepara-se para interpelar-me. - Mas não. O silêncio aumentava, iniludível."
"(...) Desconfio. Estou pronto a surpreender a conspiração mais silenciosa."
"(...) Que faz um homem nessas ocasiões? Manda flores. É uma ideia ridícula... mas as cafonices, quando humildes, têm todo o apoio do coração."
Pág. 37 - "(...) Talvez a natureza me ajude a conseguir a intimidade de uma mulher.l"
"Levantei-me de madrugada. Sentia que o mérito do meu sacrifício bastava para realizar o trabalho.
Vi as flores (abundam na parte baixa dos barrancos). Arranquei as que me pareceram menos desagradáveis."
(...)
"São flores diminutas e ásperas. Cortei umas quantas. Não t~^em essa pressa monstruosa de morrer."
(...)
Pág. 38 - "(...) Durante o meu trabalho de juntas as flores, vigiei o museu e não vi nenhum dos seus ocupantes; isso me permite supor que tambpóuco me viram."
(...)
"Careço de estética para jardins; de qualquer maneira, entre os capinzais e os matagais, o trabalho resultará comovente."
"Sinto uma certa vergonha em descrever o meu projeto. Uma imensa mulher sentada, contemplando o poente, com as mãos unidas sobre um joelho; um homem exíguo, feito de folhas, ajoelhado diante da mulher (debaixo deste personagem colocarei a palavra "EU", entre parênteses)."
"E mais esta inscrição:
Sublime, não longínqua e misteriosa,
Com o silêncio vivo de uma rosa."
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