DENTRO DÁGUA
Pág. 13 - "Hoje, nesta ilha, aconteceu um milagre. O verão adiantou-se. Coloquei a cama perto da piscina e fiquei tomando banho até muito tarde. Era impossível dormir. (...) Acho que essa gente não me veio procurar; talvez nem me tenham visto. (...) ...estou desprovido de tudo, confinado ao lugar mais escasso, menos habitável da ilha; a pântanos, que o mar suprime uma vez por semana."
Pág. 14 - "... demonstrarei que o mundo, com o aperfeiçoamento das polícias, dos documentos, do jornalismo, da radiotelefonia, das alfândegas, torna irreparável qualquer erro da justiça, é um perfeito inferno para os perseguidos. (...) Quantas ocuções há nesta ilha solitária! Como é insuperável a dureza da madeira!"
"Um italiano, que vendia tapetes em Calcutá, foi quem me deu a ideia de vir para cá; disse-me (na sua língua):
- Para um perseguido, para o senhor, só há um lugar no mundo, mas nesse lugar não se vive. É uma ilha. Aproximadamente em 1924, estiveram lá brancos, construindo um museu, uma capela, uma piscina. As obras estão concluídas e abandonadas."
(...)
"- (...) É foco de uma enfermidade, ainda misteriosa, que mata de fora para dentro. Caem as unhas e o cabelo, a pele e as córneas morrem e o corpo só resiste de oito a quinze dias."
Pág. 15 - "Mas a minha vida era tão horrível que decidi partir... "
"Ontem à noite, pela centésima vez, adormeci nesta ilha vazia... (...) Adormeci tarde e a música e os gritos acordaram-me de madrugada. A vida de fugitivo tornou-me o sono leve: tenho certeza de que não chegou nenhum barco, nenhum avião, nenhum dirigível. (...)... os capinzais da colina se cobriram de pessoas que dançam, passeiam e nadam na piscina como veranistas instalados, faz tempo, nos Teques ou em Mariembad."
A vida da personagem em uma ilha inóspita e o surgimento dessas pessoas, sem vestígio algum do modo como ali chegaram, iniciam a série de mistérios com que se vai compor a história. Como antecipação: trata-se de um romance fantástico, mas com outros elementos que o tornam praticamente inclassificável.
Pág. 13 - "Hoje, nesta ilha, aconteceu um milagre. O verão adiantou-se. Coloquei a cama perto da piscina e fiquei tomando banho até muito tarde. Era impossível dormir. (...) Acho que essa gente não me veio procurar; talvez nem me tenham visto. (...) ...estou desprovido de tudo, confinado ao lugar mais escasso, menos habitável da ilha; a pântanos, que o mar suprime uma vez por semana."
Pág. 14 - "... demonstrarei que o mundo, com o aperfeiçoamento das polícias, dos documentos, do jornalismo, da radiotelefonia, das alfândegas, torna irreparável qualquer erro da justiça, é um perfeito inferno para os perseguidos. (...) Quantas ocuções há nesta ilha solitária! Como é insuperável a dureza da madeira!"
"Um italiano, que vendia tapetes em Calcutá, foi quem me deu a ideia de vir para cá; disse-me (na sua língua):
- Para um perseguido, para o senhor, só há um lugar no mundo, mas nesse lugar não se vive. É uma ilha. Aproximadamente em 1924, estiveram lá brancos, construindo um museu, uma capela, uma piscina. As obras estão concluídas e abandonadas."
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"- (...) É foco de uma enfermidade, ainda misteriosa, que mata de fora para dentro. Caem as unhas e o cabelo, a pele e as córneas morrem e o corpo só resiste de oito a quinze dias."
Pág. 15 - "Mas a minha vida era tão horrível que decidi partir... "
"Ontem à noite, pela centésima vez, adormeci nesta ilha vazia... (...) Adormeci tarde e a música e os gritos acordaram-me de madrugada. A vida de fugitivo tornou-me o sono leve: tenho certeza de que não chegou nenhum barco, nenhum avião, nenhum dirigível. (...)... os capinzais da colina se cobriram de pessoas que dançam, passeiam e nadam na piscina como veranistas instalados, faz tempo, nos Teques ou em Mariembad."
A vida da personagem em uma ilha inóspita e o surgimento dessas pessoas, sem vestígio algum do modo como ali chegaram, iniciam a série de mistérios com que se vai compor a história. Como antecipação: trata-se de um romance fantástico, mas com outros elementos que o tornam praticamente inclassificável.
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