Festa na floresta
Quando o grilo trila o apito,
é a festa que começa
e o vaga-lume luz seu lume,
sua luz verde piscante,
em cada canto da sala.
No cair da madrugada
Quando o grilo trila o apito,
é a festa que começa
e o vaga-lume luz seu lume,
sua luz verde piscante,
em cada canto da sala.
A noite quente responde
ao luzir de tantas luzes
piscando, em volta da lua,
sua poeira de ouro.
A orquestra tem canário,
tem cigarra e pintassilgo
tem um maestro chegado
há dois dias do pólo norte.
A mariposa tem um jeito esquisito
bamboleia desajeitada
e parece interessada
em conquistar o vaga-lume
juntamente com sua lanterna.
Uns dançam, outros batem palmas
todos sorrindo porque estão felizes.
A festa é de varar o oco preto da noite
e ninguém quer perder uma só gota da alegria.
Ufa, que estufa! bufa a coruja
reque-reque o leque na mão
abanando seus olhos como duas luas
redondas imóveis.
o mundo coberto de orvalho
um ventinho gelado roçando as pernas
e uma beira do céu ameaçando amanhecer.
A orquestra atrás do estrado
sonorosamente ronca
e os galos de todo o mundo
de cara lavada
de dente escovado
tocam a alvorada
para inaugurar o Sol de mais um dia.
*
Linda poesia, e cheia de criatividade. Parabéns, abraço.
ResponderExcluirObrigado pela generosidade de suas palavras, Edinaldo. A gente nunca sabe qual vai ser a próxima vontade, mas quando ela bate, temos de ser obedientes. Virei criança.
ExcluirOlá Menalton, versos dotados de muita expressividade, doçura e uma sonoridade incrível... abs, Maricília Silva
ResponderExcluirOlá, Maricília. É com prazer que recebo sua apreciação. Muito obrigado.
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