sexta-feira, 9 de março de 2012

POESIA INFANTIL (2)

Festa na floresta

Quando o grilo trila o apito,

é a festa que começa

e o vaga-lume luz seu lume,

sua luz verde piscante,

em cada canto da sala.




A noite quente responde

ao luzir de tantas luzes

piscando, em volta da lua,

sua poeira de ouro.


A orquestra tem canário,

tem cigarra e pintassilgo

tem um maestro chegado

há dois dias do pólo norte.


A mariposa tem um jeito esquisito

bamboleia desajeitada

e parece interessada

em conquistar o vaga-lume

juntamente com sua lanterna.


Uns dançam, outros batem palmas

todos sorrindo porque estão felizes.

A festa é de varar o oco preto da noite

e ninguém quer perder uma só gota da alegria.


Ufa, que estufa! bufa a coruja

reque-reque o leque na mão

abanando seus olhos como duas luas

redondas imóveis.


No cair da madrugada

o mundo coberto de orvalho

um ventinho gelado roçando as pernas

e uma beira do céu ameaçando amanhecer.

A orquestra atrás do estrado

sonorosamente ronca

e os galos de todo o mundo

de cara lavada

de dente escovado

tocam a alvorada

para inaugurar o Sol de mais um dia.

                                               *

4 comentários:

  1. Linda poesia, e cheia de criatividade. Parabéns, abraço.

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    1. Obrigado pela generosidade de suas palavras, Edinaldo. A gente nunca sabe qual vai ser a próxima vontade, mas quando ela bate, temos de ser obedientes. Virei criança.

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  2. Olá Menalton, versos dotados de muita expressividade, doçura e uma sonoridade incrível... abs, Maricília Silva

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  3. Olá, Maricília. É com prazer que recebo sua apreciação. Muito obrigado.

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