QUEM VOA DEVE SABER
Pág. 17 - "(...) O que há lá do outro lado do córrego? Dezenas, centenas de vezes ouviu-se essa pergunta de Mirinda.
Nos primeiros dias, a jovenzinha perguntava a suas colegas consideradas mais espertas.
- O que há lá do outro lado do córrego?
- Ah, Mirinda, não enche. Isso não é da sua conta.
Sem resposta, começou a perturbar as formigas adultas, principalmente as mais velhas, as que se consideravam as sábias do formigueiro. Nem elas nem Sua Alteza, a Rainha, tinham uma resposta satisfatória.
- Que menina xereta! - comentava-se em sua ausência.
Mirinda não desistia. Não aceitava um mundo com espaços desconhecidos, inexplorados pelas formigas."
Pág. 18 - "- Nunca ninguém foi até lá, querida. Por isso ninguém sabe a resposta que você quer.
Esse foi o comentário da velha considerada a mais sábia do formigueiro. Mirinda ergueu as sobrancelhas, olhou o vazio por algum tempo e pensou: 'Ninguém nunca foi até lá por causa do córrego, que é um obstáculo.'
A partir desse pensamento inicial, ela progrediu até concluir que o córrego não era empecilho para quem tem asas."
(...)
"- Dona Borboleta, a senhora, que é muito viajada, pode me responder o que há do outro lado do córrego?
A dona Borboleta enrolou seu canudinho, moveu de leve as patas dianteiras, e repondeu:
- fffait fffiat tttaif tttiaf.
Feito isso, desenrolou novamente seu canudo e concentrou-se no consumo do néctar."
(...)
Depois de consultar dezenas de outros seres de asas, sempre com o mesmo resultado, um dia voltou para casa...
"Desacorçoada, voltou para o formigueiro, mesmo porque já estava na hora de seu turno de regurgitar a comida das larvas.
- E daí - perguntou-lhe a colega do lado -, alguma novidade?
- Nada, Merenda, acho que o único jeito é eu mesma atravessar o córrego para ver o que existe do outro lado. Mas como?!"
Pág. 17 - "(...) O que há lá do outro lado do córrego? Dezenas, centenas de vezes ouviu-se essa pergunta de Mirinda.
Nos primeiros dias, a jovenzinha perguntava a suas colegas consideradas mais espertas.
- O que há lá do outro lado do córrego?
- Ah, Mirinda, não enche. Isso não é da sua conta.
Sem resposta, começou a perturbar as formigas adultas, principalmente as mais velhas, as que se consideravam as sábias do formigueiro. Nem elas nem Sua Alteza, a Rainha, tinham uma resposta satisfatória.
- Que menina xereta! - comentava-se em sua ausência.
Mirinda não desistia. Não aceitava um mundo com espaços desconhecidos, inexplorados pelas formigas."
Pág. 18 - "- Nunca ninguém foi até lá, querida. Por isso ninguém sabe a resposta que você quer.
Esse foi o comentário da velha considerada a mais sábia do formigueiro. Mirinda ergueu as sobrancelhas, olhou o vazio por algum tempo e pensou: 'Ninguém nunca foi até lá por causa do córrego, que é um obstáculo.'
A partir desse pensamento inicial, ela progrediu até concluir que o córrego não era empecilho para quem tem asas."
(...)
"- Dona Borboleta, a senhora, que é muito viajada, pode me responder o que há do outro lado do córrego?
A dona Borboleta enrolou seu canudinho, moveu de leve as patas dianteiras, e repondeu:
- fffait fffiat tttaif tttiaf.
Feito isso, desenrolou novamente seu canudo e concentrou-se no consumo do néctar."
(...)
Depois de consultar dezenas de outros seres de asas, sempre com o mesmo resultado, um dia voltou para casa...
"Desacorçoada, voltou para o formigueiro, mesmo porque já estava na hora de seu turno de regurgitar a comida das larvas.
- E daí - perguntou-lhe a colega do lado -, alguma novidade?
- Nada, Merenda, acho que o único jeito é eu mesma atravessar o córrego para ver o que existe do outro lado. Mas como?!"
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