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sexta-feira, 8 de junho de 2012

MIRINDA (fragmento)

SÓ ATÉ A MARGEM DO CÓRREGO

Pág. 29 - "- Então, Moronda, conto com você para o mutirão?
Moronda exageerou em seu ar cansado descaindo os olhos e passando as patas pelas antenas. Ela pertencia ao grupo das amigas de Mirinda.
- Sabe, maninha, contar comigo você pode, mas não pra atravessar o córrego, como você está querendo.
- Mas essa parte é a mais difícil, e ninguém está querendo me acompanhar.
- Não, viajar dentro daquela coisa, isso eu não faço. Já separei um pote de seiva e um bocado de fungos pra sua viagem, agora, sair daqui sem saber se volto...
Mirinda a interrompeu:

segunda-feira, 21 de maio de 2012

MIRINDA (Fragmento)

- Dá licença, dona Rainha?
Sua Majestade não se deu ao trabalho de mover uma só antena.
- O que é desta vez, Mirinda?
A formiguinha fez uma reverência na frente da Rainha antes de falar.
- Alteza, meu projeto de conhecer o outro lado além do córrego está em franco desenvolvimento, ou seja, de vento em popa. Logo, logo tenciono partir, mas, para tanto, preciso da autorização de Vossa Majestade.
A Rainha não fez boa cara, como acontece geralmente com as rainhas quando ouvem um pedido.
- Escute aqui, Mirinda. Nunca neste meu reino, nunca súdito nenhum fez um pedido tão extravagante. Isso que você está pedindo vai ser concedido, mas ouça bem, sua aventura é um verdadeiro suicídio.
Mirinda deu seis passos para trás, depois de pedir licença para se retirar, e saiu pela porta aberta, onde apenas uns poucos guardas bocejavam. Enfim, não fora recebida como uma heroína, mas a licença estava concedida. Agora era só organizar o mutirão.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

MIRINDA Um fragmento

MIRINDA INICIA SEU PROJETO

Págs. 25/26 - "Bem cedo, no dia seguinte, apareceram três formigas bastante idosas, de óculos de grau na cara e pastas executivas na mão.l A mais alta, que parecia liderar o grupo, dirigiu-se respeitosamente a Mirinda solicitando uma audiência. Com toda aquela formalidade a que não estava acostumada, primeiro Mirinda sentiu um pouco de medo, mas, por fim, achou que aquela solenidade, apesar de muito engraçada, dava-lhe uma importância muito grande e inesperada, uma importância que afagava seu ego. Depois de dizerem a que vinham, Mirinda as convidou:

quinta-feira, 5 de abril de 2012

MIRINDA (3)

UMA IDEIA GENIAL

Pág. 21 - "Tive uma ideia genial, turma! - ela gritou na direção da boca do formigueiro. - Acho que encontrei a solução!
Suas colegas, a exemplo de todo o formigueiro, dividiam-se em dois grupos: o primeiro grupo, por ser o maior, achava simplesmente que Mirinda tinha um parafuso frouxo na cabeça - era uma sonhadora, e isso, para elas, era sinônimo de amalucada; o segundo grupo, bem menor, mas fiel, sonhava também, como a amiga, achando que o mundo ainda tinha muita coisa que poderia melhorar.
Quando Mirinda gritou, lá de longe, ao lado de uma poça d'água, e depois de ter passado por dentro da casca de amendoim, o segundo grupo, sob as vaias do primeiro, disparou na direção da companheira.
- E qual é a solução? - chegou perguntando Maranda, ofegante ainda da corrida.

domingo, 1 de abril de 2012

MIRINDA (2)

QUEM VOA DEVE SABER

Pág. 17 - "(...) O que há lá do outro lado do córrego? Dezenas, centenas de vezes ouviu-se essa pergunta de Mirinda.
Nos primeiros dias, a jovenzinha perguntava a suas colegas consideradas mais espertas.
- O que há lá do outro lado do córrego?
- Ah, Mirinda, não enche. Isso não é da sua conta.
Sem resposta, começou a perturbar as formigas adultas, principalmente as mais velhas, as que se consideravam as sábias do formigueiro. Nem elas nem Sua Alteza, a Rainha, tinham uma resposta satisfatória.
- Que menina xereta! - comentava-se em sua ausência.
Mirinda não desistia. Não aceitava um mundo com espaços desconhecidos, inexplorados pelas formigas."
Pág. 18 - "- Nunca ninguém foi até lá, querida. Por isso ninguém sabe a resposta que você quer.

sábado, 24 de março de 2012

MIRINDA QUER SABER TUDO

A ÁGUA PODE FLUTUAR?

Pág. 13 - "(...) Quando pouco passava de uma pupa branquela, ela viu a chuva e quis saber como se consegue manter tanta água lá no alto e por que aquele rio se transformava em gotas. Consultou algumas das colegas consideradas muito espertas e de nada adiantou. Elas também não sabiam. Depois de consultar os mais sábios dos mais velhos, com o mesmo resultado, Mirinda foi até a Rainha, pois não se conformava com a falta de conhecimento. Sua Alteza, a Rainha, parecia muito ocupada, mesmo assim se aproximou.
- A senhora, dona Rainha, é minha última esperança.
- Diga, minha filha.
- A senhora pode me dizer como é que um rio fica voando no alto e depois se transforma em gotas e cai na terra?
A Rainha fez primeiro cara de quem está refletindo, em seguida, enrugou a resta e arregalou uns olhos de zanga.