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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

UM POEMA PARA AS CRIANÇAS


Meu sonho

Esta noite tive um sonho
Que é pra lá de misterioso.
Sonhei que andava entre as nuvens
Como um astro luminoso.

Minhas asas tão bonitas
Sumiram, e criei escamas.
Mergulhei no mar profundo
Virei peixe de cem gramas.

Depois de muito nadar,
Cansado daquilo tudo,
Fui visitar a floresta
Como um bicho narigudo.

Ao acordar percebi
Que minha bela aventura
Foi um sonho muito louco
E sonho ninguém segura.  

terça-feira, 25 de setembro de 2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

MIRINDA (Fragmento)

- Dá licença, dona Rainha?
Sua Majestade não se deu ao trabalho de mover uma só antena.
- O que é desta vez, Mirinda?
A formiguinha fez uma reverência na frente da Rainha antes de falar.
- Alteza, meu projeto de conhecer o outro lado além do córrego está em franco desenvolvimento, ou seja, de vento em popa. Logo, logo tenciono partir, mas, para tanto, preciso da autorização de Vossa Majestade.
A Rainha não fez boa cara, como acontece geralmente com as rainhas quando ouvem um pedido.
- Escute aqui, Mirinda. Nunca neste meu reino, nunca súdito nenhum fez um pedido tão extravagante. Isso que você está pedindo vai ser concedido, mas ouça bem, sua aventura é um verdadeiro suicídio.
Mirinda deu seis passos para trás, depois de pedir licença para se retirar, e saiu pela porta aberta, onde apenas uns poucos guardas bocejavam. Enfim, não fora recebida como uma heroína, mas a licença estava concedida. Agora era só organizar o mutirão.

terça-feira, 1 de maio de 2012

GAMBITO (fragmento 2)

OS IRMÃOS MADRUGAM PARA O INÍCIO DE UMA AVENTURA

Pág. 12 - "Eu tinha tropeçado numa cadeira e batido com o joelho no estrado duro da cama.
- Fala mais baixo que os outros estão dormindo.
- Não acho minha roupa - tive de repetir com raiva, porque não encontrava minha roupa e porque o joelho estava doendo muito.
Então, de repente, o quarto apareceu todo iluminado e eu consegui ver que a porta estava do lado direito e não do esquerdo. E a minha roupa estava dobrada justamente em cima do espaldar daquela maldita cadeira que tinha se atravessado no meu caminho. O meu joelho ainda estava dormente da batida, latejando um pouco, por isso me vesti com cara de choro.
- Quer desistir?

O Maurício usa sempre desses recursos desonestos quando quer me dobrar logo. Ele sabia que eu não ia desistir por nada do mundo. Então parei de fazer cena e até nem senti mais o joelho latejando.

sábado, 14 de abril de 2012

GAMBITO - FRAGMENTO 1

"As vezes me parece que gosto dele, mas isso não é sempre. Algumas coisas em meu irmão me irritam muito. Quando ele sai, por exemplo, faz questão de sair sozinho. E me chama de pirralho, o que me dá raiva. Pensando bem, acho quem nem conheço o Maurício direito. A gente junca está junto. Principalmente agora, que ele terminou o sexto ano. De manhã, fica na escola até o meio-dia. À tarde, tem judô, inglês, natação e não sei mais o quê. De noite, que a gente podia conversar um pouquinho, ele faz os deveres da escola e quando termina já está na hora de dormir. Nós dormimos no mesmo quarto como se cada um morasse num país diferente."

domingo, 1 de abril de 2012

MIRINDA (2)

QUEM VOA DEVE SABER

Pág. 17 - "(...) O que há lá do outro lado do córrego? Dezenas, centenas de vezes ouviu-se essa pergunta de Mirinda.
Nos primeiros dias, a jovenzinha perguntava a suas colegas consideradas mais espertas.
- O que há lá do outro lado do córrego?
- Ah, Mirinda, não enche. Isso não é da sua conta.
Sem resposta, começou a perturbar as formigas adultas, principalmente as mais velhas, as que se consideravam as sábias do formigueiro. Nem elas nem Sua Alteza, a Rainha, tinham uma resposta satisfatória.
- Que menina xereta! - comentava-se em sua ausência.
Mirinda não desistia. Não aceitava um mundo com espaços desconhecidos, inexplorados pelas formigas."
Pág. 18 - "- Nunca ninguém foi até lá, querida. Por isso ninguém sabe a resposta que você quer.