
O poema abaixo é de Alfredo Rossetti, e consta de seu livro tempo do meu tempo.
OLHARES MORTOS
Ontem no velório rostos do passado
choravam a morte.
Eu chorava a vida.
Eu chorava pelos rostos cindidos
e ações não governadas.
Eu chorava pelos olhares que me viam
e não me viam
eu chorava pelo que viam.
De um lado a morte incontestável
como a fé,
de outro o do rosto do passado que
sempre viam.
Ontem no velório percebi que morremos
várias vezes
e senti que chorava uma delas.
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