quarta-feira, 28 de setembro de 2016

CANTIGAS DE AMIGOS


Amor amargo                                    
(Matheus Arcaro*)

A distância, 
a andar de andor
por dentro dele,
bateu feito dardo
na carne.

E deus algum
pôde dissipar
aquela doença,
aquele sismo,
aquela dor
desembainhada.
           


*"Devo agora falar de mim. Isso seria um passo em direção ao silêncio."
Samuel Beckett sintetizou magistralmente a impossibilidade de se definir.
Quem sou eu? Eu não sou; eu estou. Ou talvez eu seja; mas não mais do que possibilidades. Uma personagem no expediente comercial (o Publicitário); outra à noite (o Professor de Filosofia e Sociologia) e outras duas aos finais de semana (o Escritor e o Artista plástico). Se necessário for colar em mim um rótulo, que seja o de Tapador de Buracos. Afinal, a Arte é uma necessidade de preencher espaços vazios. E estes, para a minha fortuna, nunca cessarão de existir.                                                              

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