(Affonso
Romano de Sant’Anna*)
No
primeiro dia
o
Demônio criou o universo e tudo o que nele há
-e
viu que era bom.
No
segundo dia
criou
a cobiça, a usura, a inveja, a gula, a preguiça, a soberba, a ira
a
que chamou de sete virtudes capitais
-e
viu que era bom.
No
terceiro dia criou as guerras.
No
quarto dia criou as epidemias.
No
quinto dia criou a opressão.
No
sexto dia criou a mentira.
E
no sétimo dia, quando ia descansar,
houve
um rebelião na hierarquia dos anjos
e
um deles, de nome Deus,
quis
reverter a ordem geral das coisas,
mas
foi exilado
na
pior parte do Inferno -os Céus.
Desde
então
O
Demônio e suas hostes continuam firmes
na
condução dos negócios universais,
embora
volta e meia um serafim, um querubim
e
algum filho de Deus, desencadeiem protestos, milagres, revoluções
querendo
impingir o Bem onde há o Mal.
Porém
não têm tido muito êxito até agora,
exceto
em alguns casos particulares
que
não alteraram em nada a marcha geral da história.
*Da Wikipedia:
*Da Wikipedia:
Nas décadas de 1950 e 1960 participou de movimentos de vanguarda poética. Em 1961 diplomou-se em Letras Neolatinas, na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UMG, atual Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais.[1]
Em 1965 lecionou na Califórnia (Universidade de Los Angeles - UCLA), e em 1968 participou do Programa Internacional de Escritores da Universidade de Iowa, que agrupou 40 escritores de todo o mundo.
Em 1969 doutorou-se pela Universidade Federal de Minas Gerais e, um ano depois, montou um curso de pós-graduação em literatura brasileira na PUC do Rio de Janeiro. Foi Diretor do Departamento de Letras e Artes da PUC-RJ, de 1973 a 1976, realizando então a "Expoesia", série de encontros nacionais de literatura.
Ministrou cursos na Alemanha (Universidade de Colônia), Estados Unidos (Universidade do Texas, UCLA), Dinamarca (Universidade de Aarhus), Portugal (Universidade Nova) e França (Universidade de Aix-en-Provence).
Sua tese de doutorado abordou uma análise da poética de Carlos Drummond de Andrade, com o título Drummond, um gauche no tempo, em que faz uma análise do conceito de gauche ao longo de sua obra literária.
Durante os anos de 1990-1996 foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional, onde desenvolveu grandes ações de incentivo à leitura, como o Sistema Nacional de Bibliotecas.
Foi cronista no Jornal do Brasil (1984-1988) e do jornal O Globo até 2005. Atualmente escreve para os jornais Estado de Minas e Correio Brasiliense. É casado com a também escritora Marina Colasanti.[2]
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