A muralha de Adriano
Foram muitas as motivações de A muralha de Adriano. Uma delas terá sido provavelmente a descoberta daqueles restos de muralha, no norte da Inglaterra na fronteira dos caledônios, chamados atualmente de escoceses. As histórias surgidas ao rés daquela muralha são, pelo menos, fascinantes. Exemplo disso, as várias lendas a respeito do rei Arthur e seus cavaleiros, que tinham tudo a ver com a muralha mandada construir pelo imperador Adriano.
Mas a ideia da muralha, como uma separação, me conduziu para
verificar as outras muralhas, as muralhas morais, aquelas que sem ser vistas,
exercem profundos impedimentos para o ser humano.
Talvez a imagem principal, contudo, seja o desejo de
entender como se dá a queda de um império. Quais os pressupostos, as condições
em que isso acontece. Fiquei maravilhado ao descobrir em quedas de impérios,
como o
romano e o chinês, que tive a oportunidade de compulsar, as semelhanças
existentes com a situação mundial da atualidade: a descoberta de que estamos vivendo
o declínio de um império, que pode demorar, mas que me parece irreversível.
Daí para a criação das personagens foi um passo curto. O
conflito de dois irmãos com interesses antagônicos, a paixão de um tio pela
sobrinha viúva, o desenvolvimento de tais conflitos, eis pronto para ser
produzido o romance.
O livro foi publicado pela Bertrand em 2007. Em 2013, ganhou versão digital da Editora Cintra.
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