terça-feira, 3 de outubro de 2017

MOTIVOS

Nesta coluna, Menalton Braff revela aos leitores os caminhos percorridos na criação de cada um de seus livros.

Na teia do sol

A história do André, seu refúgio em uma chácara, pretendia ser a história de qualquer homem perseguido por não estar de acordo com o governo. Minha ideia era universalizar a história dele. Não sei se consegui.

Parti de alguma coisa da minha experiência pessoal, pois também fui obrigado a me refugiar em uma chácara, mas além desse fato e dos sentimentos e emoções que vivi naquele período, pouca coisa mais retirei da minha biografia.

O principal de minha experiência usado na tessitura do André foram os sentimentos: o medo, a raiva, o sentimento de fragilidade ante o colosso do poder, a esperança, que aos poucos vai-se esvaindo.

No que diz respeito aos fatos, algumas cenas foram sugeridas por jornais, como aquela da estudante enterrada na praia com apenas a cabeça acima da terra. E algumas poucas mais, o restante foram invenções, ou lembranças, de minha experiência de vida.

Na teia do sol, o título, foi motivado pela maior parte do tempo na chácara, trabalhando nas horta como um peão, e um Sol enganchado nos postes e fios do centro da cidade na hora em que André é preso. Na chácara ele é preso debaixo do sol como mosca em teia de aranha.

Em 2004 a Editora Planeta publicou o romance.

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