Esta coluna reúne apresentações de livros escritas por Menalton Braff.
O Poeta
O poeta é sua poesia porque são duas instâncias que não se podem separar. E assim como Antônio Ventura está em sua poesia, sua poesia está em Antônio Ventura. “Como é fabuloso ser eu, e não o outro.”, diria Ventura em um de seus poemas curtos, uma declaração que por si revela o quanto o poeta se desnuda em poesia. Seu sangue, vermelho e quente, percorre os versos e mantém a pul(sa)ção poética, este impulso a que o verdadeiro poeta não resiste.
A esse poeta cuja essência é o lirismo, entretanto, sucede o homem irreverente em longos poemas, de versos também longos, em que transparece Rimbaud, o poeta maldito de talento irrefreável. Assim como na poesia do decadente francês, a leitura da poesia de
Antônio Ventura muitas vezes pode ser iniciada pelo fim, pelo meio e até pelo início mesmo. E isso o torna um dos maiores expoentes rimbaudianos entre nós.
Em outros momentos, e ainda com suas raízes na decadência francesa de fins do século XIX, vamos encontrar Antônio Ventura praticando a prosa poética em que a volúpia da palavra suplanta qualquer necessidade de informação. A dimensão estética não sofre a concorrência de qualquer outra área, pois é a isso mesmo que se chama poesia.
Em versos longos ou curtos, em prosa ou verso, mas sobretudo nos versos longos em sua maneira de fazer prosa, uma das fortes tendências de Antônio Ventura é o trabalho com a escrita automática, o fluxo da consciência, à maneira surrealista.
O poeta não se filia a uma corrente, a uma estética determinada, porque sua síntese é o que se pode chamar de poesia moderna.
(Menalton Braff)
Título: O catador de palavras
Autor: Antonio Ventra
Gênero: Poesia
Blog de Literatura do escritor Menalton Braff, autor de 26 livros e vencedor do Prêmio Jabuti 2000.
Páginas
- ALÉM DO RIO DOS SINOS
- AMOR PASSAGEIRO
- Noite Adentro
- O Peso da Gravata
- Castelo de Areia
- Pouso do Sossego
- Bolero de Ravel
- Gambito
- O fantasma da segundona
- O casarão da Rua do Rosário
- Tapete de Silêncio
- À sombra do cipreste
- Antes da meia-noite
- Castelos de papel
- A coleira no pescoço
- Mirinda
- A Muralha de Adriano
- Janela aberta
- A esperança por um fio
- Na teia do sol
- Que enchente me carrega?
- Moça com chapéu de palha
- Como peixe no aquário
- Copo vazio
- No fundo do quintal
- Na força de mulher
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
ORELHA
Postado por
Anônimo
às
07:59


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Antonio Ventura,
Como é fabuloso ser eu,
e não o outro,
literatura,
poema,
poesia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
http://twitter.com/Menalton_Braff
http://menalton.com.br
http://www.facebook.com/menalton.braff
http://www.facebook.com/menalton.braff.escritor
http://www.facebook.com/menalton.para.crianças