
No galope das horas
No galope das horas nasceu de uma história que ouvi recentemente. O que mais me impressionou do que ouvi, foi o modo como o sogro maltrata a nora. Ela acaba de perder o marido e ele acaba de perder o filho, mas do que reclama mesmo o raivoso é a perda do caminhão, em que havia investido sua pequena fortuna.
É claro que a história que me relataram teve de ser reinventada, acrescida, povoada. Tive de fazer algumas pesquisas, principalmente a respeito de caminhões, suas capacidades, sua estrutura e coisas desse naipe.
Como sempre acontece, fui logo inventando um início porque o fim já estava dado por quem me relatou os acontecimentos. Mas entre o início e o fim, há o meio, que deve levar a história ao final, e isso tive de criar na medida em que escrevia a sucessão de capítulos. Mas isso é o que geralmente acontece em meu processo de criação. O miolo, ou seja qual for o nome que se lhe dê, é a criação do momento, a ligação entre início e fim, aquilo que torna o final plausível.
Não tenho muita habilidade em construir histórias de largo espectro, mas tive de encarar o tempo, sua duré, com incidentes, cenas e panoramas que convergissem para o final pretendido.
Acho que atingi pelo menos uns 60% do que pretendia, o que já não é pouco. Acredito que vá ser muito difícil encontrar uma editora para este livro, por causa do tema que não é lá grande coisa. Não importa. Eu precisava contar a história porque estava impressionado com ela, e aí ficou este "No galope das horas".
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