(Poema de Matheus Arcaro)
Um animal peçonhento
fez um ninho
no meu peito.
Nasceu de uma mulher
e se alimenta
dos farelos da minha esperança.
O bicho mastiga minha alma
e cada mordida é como se
um punho se abrisse
dentro da garganta,
unhas compridas.
O animal inquilino
está dormindo agora.
De barriga cheia
ele me deixa escrever.
Blog de Literatura do escritor Menalton Braff, autor de 26 livros e vencedor do Prêmio Jabuti 2000.
Páginas
- ALÉM DO RIO DOS SINOS
- AMOR PASSAGEIRO
- Noite Adentro
- O Peso da Gravata
- Castelo de Areia
- Pouso do Sossego
- Bolero de Ravel
- Gambito
- O fantasma da segundona
- O casarão da Rua do Rosário
- Tapete de Silêncio
- À sombra do cipreste
- Antes da meia-noite
- Castelos de papel
- A coleira no pescoço
- Mirinda
- A Muralha de Adriano
- Janela aberta
- A esperança por um fio
- Na teia do sol
- Que enchente me carrega?
- Moça com chapéu de palha
- Como peixe no aquário
- Copo vazio
- No fundo do quintal
- Na força de mulher
quarta-feira, 30 de maio de 2018
CANTIGAS DE AMIGOS
Postado por
Anônimo
às
07:04
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Blogdo Menalton,
literatura,
Matheus Arcaro,
poema,
poesia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Meu querido poeta! Que poema estranho! "Animal peçonhento (...) Nasceu de uma mulher"?! Preconceito? Amor infeliz? Traição? Ou é apenas uma metáfora forte, mostrando que só a dor produz boa literatura? Como disse Gide: Não há obra de arte sem a colaboração do demônio... Ely Vieitez Lisboa
ResponderExcluirEle trava na garganta a esperança das tentativas
ResponderExcluir