O peso da gravata e outros contos”, de Menalton Braff ,
apresenta uma leitura leve e bem descontraída, ainda mais para quem curte
textos curtos e com temáticas bem desenvolvidas. O leitor é convidado a
conhecer dezoito contos e cada um deles possuem características próprias, além
de personagens, alguns inusitados, outros divertidos e por ai vai... O autor já
possui vinte e dois livros publicados e ainda conta com um prêmio Jabuti.
Não sei se tenho um conto preferido nesse livro, porque
todos podem ser definidos de diversas formas, ora complexos, ora simples e
assim por diante. Entretanto, alguns chamam mais a atenção por representar
certa ousadia e perspectivas diferentes sobre o mundo – se é que estou sendo
certa sobre minha interpretação pessoal. Mas esse é o principal diferencial,
afinal de contas, cada leitor pode perceber os textos e fazer associações de
uma maneira diferente.
Também não irei falar separadamente sobre cada um, mesmo
porque perde a graça de quem for fazer a leitura. Os contos são curtos e de
fácil abrangência. O primeiro conto é O peso da gravata, depois há O
violinista, Imperador de papel, Quatro anos depois, Na janela do velho sobrado,
Acerto de contas, Uma cara muito branca, Arrastavam-se móveis, entre outros.
Os que me intrigaram mais foram Acerto de contas, Linha
reta, Em família, Pela porta dos fundos e Atordoamento. Independente disso,
todos eles possuem algum trecho que te faz parar e pensar em alguma mensagem
especifica. E é exatamente por isso que posso afirmar o quanto essa leitura é
válida e especial.
É um pouco difícil poder fazer resenha sobre contos, porque
o leitor é que precisa descobrir as diversas sensações sobre cada um deles. Mas
é claro que nessas páginas, há algumas críticas que podemos refletir acerca de
nossa própria realidade. E isso já é mesmo um detalhe a ser esperado nesses
tipos de obras.
A diagramação da Primavera editorial está, mais uma vez, de
parabéns. Posso estar sendo repetitiva ao falar isso em todos os livros que
leio dessa editora, mas é notável como o capricho é enorme em suas obras. A
capa desse também chamou muito a minha atenção, especialmente pelas cores
fortes e por alguns detalhes que fazem o leitor pensar sobre o que há nessas
páginas.
O que é mais interessante mesmo é poder compreender que o
autor soube fazer uma inserção ótima de um meio fantástico, e em paralelo
também conseguiu expor certo realismo em algumas cenas. E a narrativa tem um
estilo bem poético, na verdade, por isso acredito que pode agradar vários tipos
de leitores, até mesmo os que não curtem esse gênero.
Classificação SEL: 4/5
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