Hóspede*
(Hunald de Alencar**)
Numa cama de solteiro,
Dormem os dois e inteiros.
E o dormir improvisa
Suas esquinas sonâmbulas.
Tu ressonas a inocência
Deste teu âmbar moreno.
É quando na minha esquina
Tua presença se desfolha.
Se nada sabes, não sei,
Ou sei e não acredito.
Sei é que por toda noite
De tua pele me vesti.
Pois adormece em minha boca
O que sonhaste, sorvido.
* Poema publicado no livro DUO para Poesia e Teatro
** Poeta e dramaturgo sergipano, formado em Ciências Jurídicas e Sociais. Atuou também como jornalista e professor de língua portuguesa (1943-2016).
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