quarta-feira, 21 de novembro de 2018

CANTIGAS DE AMIGOS

O maior dos sentimentos 

(Ahmad Serhan Wahbe)

O amor,

esse sentimento tão falado
e tão pouco conhecido
tem residência incerta,
não mora em detalhes,
nem em noites escuras
e muito menos em dias ensolarados.
Para ele tanto faz se é inverno,
outono, primavera ou verão,
como é incerto ninguém sabe
ao certo de onde vem,
nem como nasce e muito menos
se realmente morre.

Uns dizem que morre de morte morrida
ou vai lá saber, de morte matada
que pode ser causada pelo tédio,
pela falta de alimento, de alento,


pela indiferença,

pela falta de vontade e pela ausência,
e seja como for que morra,
dizem que de alguma forma morre
e dele depois não se dá nem noticia.
Outros ainda dizem que quando

é puro e verdadeiro
não nasce e nem morre,
simplesmente em algum instante
aos eleitos se revela.

Do amor só se sabe bem que não se preocupa

 com chuva ou sol,
não respeita idade, nem cor,
nem religião e muito menos
grau de instrução,
quando quer irrompe
e vem como uma inundação,
não tem hora nem lugar,
vem durante o dia ou a noite
como um sorrateiro ladrão.
Quando em algum coração
 lança sua semente,

essa de um instante a outro germina

e cria raízes fortes
e sólidas que se entranham

e se espalham até que de tudo toma conta,

do corpo, do sangue,
da mente e do coração.
Nem sempre quem é atingido
 sabe bem o que fazer
 com esse sentimento,
alguns por um motivo
ou outro simplesmente o jogam
em alguma vala escura como
se lixo incômodo fosse
e o deixam para trás esquecido,
esses irão passar suas vidas
remoendo o remorso
e o arrependimento.

Outros a ele se agarram
com todas as suas forças
e por ele chegam a dar
a própria vida e disso dizem
jamais sentir algum arrependimento.

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