MOTIVOS
O julgamento de Teodoro
Vivendo por aí como ser humano com suas necessidades vamos gravando fatos que nos rodeiam porque assim é o mundo. Não escolhemos o que ver e sentir, mas estamos sempre de antenas ligadas para captar o que nos rodeia. Não com o propósito de registrar tudo em forma de palavras. Os fatos nos seguem, lá no fundo do inconsciente, mas às vezes afloram com a força de presente.
Foi o que me aconteceu: há muitos anos assisti à degola de um professor por questão ideológica, religiosa. Foi quando me dei conta de que a “liberdade religiosa” em nossa sociedade é bem relativa. Aceita-se que qualquer pessoa escolha sua religião, mas não se aceita a pessoa que se recusa a uma escolha. A não-religião está fora da curva da liberdade.
O Teodoro foi julgado e defenestrado. Por quê? Porque nosso povo é extremamente intolerante. Qualquer rusga com seus valores, uma verdadeira fúria assassina contra o recalcitrante, aquele que se recusa a entrar para o rebanho.
Claro que todos os dados que representem as figuras de uma narrativa do real foram modificados. O enredo, a história escrita, fogem inteiramente de qualquer identificação, são frutos de imaginação.
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