
Alessandra atua na área de Gestão Hospitalar e Economia de
Saúde. Como escritora, já publicou em revistas literárias do Brasil e de Portugal. Além disso, tem um conto na Antologia Mitos Modernos I - vencedora do o Prêmio Le
Blanc de Arte sequencial, Animação e Literatura Fantástica.
RESENHA
(Alessandra Barcelar)
"Toma teus personagens pela mão e leva-os firmemente
até o final, sem atentar senão para o caminho que traçaste. Não te distrai
vendo o que eles não podem ver ou não lhes importa. Não abuse do leitor. Um
conto é uma novela depurada de excessos. Considere isso uma verdade absoluta,
ainda que não seja."
Nada melhor que a citação de um mestre - (Quiroga), para
falar de outro mestre, que a meu ver é o caso de Menalton Braff.
O livro Amor Passageiro é constituído de 24 contos, e
permeiam as perdas, saudade, dor, relação famililares, narcisismo, solidão.
Destaco alguns contos que me inquietaram pela tensão na
leitura:
*Nossas Perdas- é um conto breve, narra a relação de um
menino e sua irmazinha, o conto causa uma angustia pelo cuidado extremo, a
morte levando ao climáx do desfecho desse "amor passageiro".
*Mais de Mil Quilômetros - um dos meus contos preferidos, o
conto é uma personificação da angústia, conto para leitor/a sensível, um homem
recebe uma ligação pelo celular em meio a uma
estrada, longe de tudo, solidão e
angustia toma conta de seu ser, que nada pode fazer estando a mais de mil quilômetros
* Amor Passageiro - conto que dá título ao livro, é um conto
erótico, envolvente, saí do conto sem ter certeza de que se tratava (ou não) de
um sonho, ou melhor, nas próprias palavras de Menalton á outra obra : se é
realidade fantasiada ou fantasia realizada.
* O Aeroporto - é o tipo de conto que me faz a cabeça, me
trouxe um pouco a mémoria dos espisódios de The Twilight Zone, mais
especificamente A Stop at Willoughby, um suspense leve e delicado.
* Ultimo Domingo de Outubro - um conto doloroso, pungente
sobre um pai que recebe um chamado e deixa a familia por algumas horas, o
retorno é permeado de uma grande surpresa.
Se o decálogo do Perfeito Contista ainda sobrevive, 'Amor
Passageiro' é um verdadeiro exemplo de maturidade, respeito ao leitor, livre de
excessos e surpreendentemente humanizado.
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