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domingo, 13 de setembro de 2015

POEMA INFANTIL


A família da gente

Passei a noite contando estrelas
disse hoje cedo minha avó.
E ela não quis fazer poesia,
ela quis dizer que não dormiu.

E  eu perguntei só de curioso:
O que foi então aquele ronco
que essa noite ouvi em seu quarto?
Ela me olhou furiosa e disse:
Não seja malcriado, moleque!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A FAMÍLIA DA GENTE | CARTA CAPITAL



Tenho um tio, sujeito grave muito dado a pensamentos graves, que outro dia, num encontro familiar, discorria gravemente sobre escolher e ser escolhido. Este colunista participava da reunião apenas como ouvinte, que saber ouvir é uma de suas poucas virtudes. Mas era um ouvinte crítico, apesar de silencioso. Relutava em aceitar os argumentos desse tio que, para ter crédito, dispunha apenas de sua gravidade.

Hoje, finalmente, consegui entender o que aquele velho tio cheio de gravidade queria dizer e verifico encabulado que minhas relutâncias não passavam da resistência de alguém que se tem em alto valor. Sou o sujeito de meu destino, arquiteto de meu caminho, pensava então. Quanta empáfia!