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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

CRÔNICA

Para inaugurar as postagens do ano, uma crônica de Menalton Braff sobre seu assunto preferido: Literatura. O texto foi publicado originalmente no site do escritor.

A inutilidade da Literatura

A palestra era para um público  heterogêneo e o assunto era a linguagem literária. A certa altura, querendo exemplificar (o que sempre dá uma melhorada nos conceitos abstratos),parodiei um poema:

"Certa mulher declara que nem se deu conta do envelhecimento e está perplexa por não se reconhecer, como consequência das mudanças causadas pela passagem do tempo".

Em seguida li, da Cecília Meireles,

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CARTA CAPITAL | A INUTILIDADE DA LITERATURA

Acesse a publicação original

A palestra era para um público heterogêneo e o assunto era a linguagem literária. A certa altura, querendo exemplificar (o que sempre dá uma melhorada nos conceitos mais abstratos), parodiei um poema:

 “Certa mulher declara que nem se deu conta do envelhecimento e está perplexa por não se reconhecer, como conseqüência das mudanças causadas pela passagem do tempo.”

Em seguida li, da Cecília Meireles,

sexta-feira, 30 de março de 2012

INFORMAÇÃO E ENCANTAMENTO

Publicado originalmente na revista Bula

Nunca entendi a razão por que se juntam pessoas de grupos os mais heterogêneos para ouvir falar de assuntos com alguma especificidade, ou seja, de conhecimento não corriqueiro. Naquela noite fui incumbido de discorrer sobre linguagem literária, assunto que se leva alguns anos estudando para se ter pálida ideia, mas que muitos promotores de eventos culturais supõem passível de ser destrinchado em uma hora, uma hora e meia. E pra qualquer plateia.

Isso tem ocorrido na minha vida e com bastante frequência. Como o público sai depois de uma palestra dessas eu não sei, quanto a mim, saio suando, com vontade de morrer, mas sem coragem para o ato final.

Uma dessas ocasiões me deixou marcado. Bastante gente na plateia, para glória e honra dos promotores e angústia do palestrante, que, com cara de pateta, olhava de um lado para o outro tentando descobrir qual o padrão de linguagem a ser empregado. Apresentações e agradecimentos, lá estava eu de microfone na mão ainda enrolando com alguma graça para conquistar o público, até que não deu mais para segurar e o assunto foi enfrentado. A certa altura, ocorreu a lembrança de que alguns exemplos sempre ajudam, pois dão concretude a conceitos por vezes não familiares. Por isso, chamei a atenção da plateia para o que faria: dois enunciados diferentes. Então parodiei um poema: