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domingo, 17 de junho de 2012

INFORMAÇÃO E ENCANTAMENTO - CARTA CAPITAL


Nunca entendi a razão por que se juntam pessoas de grupos os mais heterogêneos para ouvir falar de assuntos com alguma especificidade, ou seja, de conhecimento não corriqueiro. Naquela noite fui incumbido de discorrer sobre linguagem literária, assunto que se leva alguns anos estudando para se ter pálida ideia, mas que muitos promotores de eventos culturais supõem passível de ser destrinchado em uma hora, uma hora e meia. E pra qualquer plateia.

Isso tem ocorrido na minha vida e com bastante frequência. Como o público sai depois de uma palestra dessas eu não sei, quanto a mim, saio suando, com vontade de morrer, mas sem coragem para o ato final.

sexta-feira, 30 de março de 2012

INFORMAÇÃO E ENCANTAMENTO

Publicado originalmente na revista Bula

Nunca entendi a razão por que se juntam pessoas de grupos os mais heterogêneos para ouvir falar de assuntos com alguma especificidade, ou seja, de conhecimento não corriqueiro. Naquela noite fui incumbido de discorrer sobre linguagem literária, assunto que se leva alguns anos estudando para se ter pálida ideia, mas que muitos promotores de eventos culturais supõem passível de ser destrinchado em uma hora, uma hora e meia. E pra qualquer plateia.

Isso tem ocorrido na minha vida e com bastante frequência. Como o público sai depois de uma palestra dessas eu não sei, quanto a mim, saio suando, com vontade de morrer, mas sem coragem para o ato final.

Uma dessas ocasiões me deixou marcado. Bastante gente na plateia, para glória e honra dos promotores e angústia do palestrante, que, com cara de pateta, olhava de um lado para o outro tentando descobrir qual o padrão de linguagem a ser empregado. Apresentações e agradecimentos, lá estava eu de microfone na mão ainda enrolando com alguma graça para conquistar o público, até que não deu mais para segurar e o assunto foi enfrentado. A certa altura, ocorreu a lembrança de que alguns exemplos sempre ajudam, pois dão concretude a conceitos por vezes não familiares. Por isso, chamei a atenção da plateia para o que faria: dois enunciados diferentes. Então parodiei um poema: